A companhia aérea Latam confirmou, nesta sexta-feira, que irá demitir no mínimo 2,7 mil funcionários, entre pilotos, copilotos e comissários.
A medida foi anunciada após os funcionários da empresa rejeitarem uma proposta de redução permanente de salário feita pela empresa. Cerca de 90% dos tripulantes rejeitaram a proposta.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a entidade negociou com o setor das companhias aéreas acordos com reduções temporárias de salários e garantido a manutenção dos empregos, como foi nos casos da Gol e Azul.
No entanto, a Latam apresentou uma cláusula que anulava o acordo, caso a categoria não quisesse negociar uma redução permanente. “Ficou muito claro para o sindicato no final da negociação que o objetivo da Latam era reduzir permanentemente o salário dos tripulantes. Por outro lado, o objetivo da categoria era garantir os empregos temporariamente por meio de uma redução de salário”, disse o presidente da SNA, comandante Ondino Dutra.
Sem acordo, a empresa anunciou o corte, que atingirá 38% dos tripulantes da companhia (cerca de 7 mil), e que terá início com um PDV (plano de demissão voluntária) até o dia 4 de agosto. Depois disso, a empresa vai demitir por conta própria.
Segundo reportagem do Estadão, a empresa confirmou as demissões por meio de nota: “A empresa abrirá o processo de pedido de demissão voluntária que deverá ocorrer até 4 de agosto, após essa data será iniciado os desligamentos de no mínimo dois mil e setecentos tripulantes”, afirma.
O Sindicato informou que irá requerer uma audiência de mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST).