Durante audiência pública desta terça-feira sobre os cortes de verbas nas Universidades e Institutos Federais do país, o ministro da Educação de Bolsonaro, Abrahan Weintraub, chamou a atenção dos senadores pelo impressionante cabedal cultural revelado por ele durante a apresentação.
Não houve como escapar de compará-lo ao também ilustre antecessor, Ricardo Vélez, outro eminente bolsonaro/olavista escalado pelo capitão para comandar a Educação do país.
Depois de espalhar ataques e ofensas às universidades, aos professores e alunos, o novo indicado resolveu mostrar seu profundo saber – provavelmente obtido nos cursos online do “mestre” – e fez uma altissonante citação literária.
Os senadores quase não acreditaram no que estavam ouvindo:
“Eu sofri um processo administrativo interno, mas, durante um ano e oito meses, eu fui investigado, processado e julgado. No processo está escrito inquisitorial e sigiloso. Que eu saiba, só a Gestapo fazia isso. Ou no livro do “Kafta” ou a Gestapo”, disse.
O “sábio bolsonarista” simplesmente confundiu o escritor Franz Kafka, autor de “A Metamorfose”, com o saboroso prato árabe, feito à base de patinho moído e temperos como hortelã e iogurte. Alguns acharam até que ele estava, na verdade, era pedindo uma kafta, afinal, a sessão estava longa, chata, e todo mundo estava morrendo de fome e sono.
Em suma, o ‘reprovado’ ministro [reprovado por nota, segundo boletim da USP, divulgado na semana passada], confundiu, como diz o ditado popular, “um certo capitão de fragata” com um outro cidadão, explorador, que costuma ter o hábito de usar “gravatas”.
Isso tudo aconteceu depois de sua excelência dizer que é o “mais qualificado ministro” de todos os tempos. “A minha formação acadêmica é robusta. Estão tentando me desconstruir, coisas até feias estão fazendo a meu respeito, mas ela é robusta”, disse.
“Eu estou bem acima da média dos últimos 15 ministros que passaram por lá. Mas bem acima. Em termos de qualificação e em termos de nomes de universidades das quais eu vim”, completou o ministro.
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