O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na terça-feira (20), sobre a relação entre os dois países e o fortalecimento do BRICS.
Lula informou sobre a ligação através de seu Twitter:
“Conversei hoje com o presidente russo Vladimir Putin, que me cumprimentou pela vitória eleitoral, desejou um bom governo e o fortalecimento da relação entre nossos países. O Brasil voltou, buscando o diálogo com todos e empenhado na busca de um mundo sem fome e com paz”, publicou o presidente eleito.
O governo russo disse em comunicado que “os dois lados expressaram confiança que a relação estratégica russo-brasileira vai continuar se desenvolvendo com sucesso em todas as áreas, assim como na cooperação nos assuntos internacionais, incluindo na estrutura do BRICS”.
Ficou acordado que outras conversas ocorrerão entre os dois líderes durante os próximos anos.
O BRICS é um bloco econômico que inclui o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e que foi escanteado pelo governo Bolsonaro. Lula estava em seu segundo mandato quando participou da fundação do BRICS.
Quando Lula foi eleito pela terceira vez, Putin disse que “os resultados da votação confirmaram sua alta autoridade política”.
Lula também recebeu, no dia 8 de dezembro, uma carta do presidente da China, Xi Jinping, cumprimentando-o pela vitória nas eleições e apontando para uma “amizade e parceria estratégica global entre nossos países”.
O presidente eleito vai começar a fazer viagens internacionais para conversar com lideranças de outros países depois da posse. O futuro ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou que estão sendo marcadas viagens para a China, Estados Unidos e Argentina.
Jair Bolsonaro e sua equipe conseguiram estremecer as relações com esses três países. Ele demorou 38 dias para reconhecer a vitória de Joe Biden nas eleições nos EUA porque estava apoiando a tentativa de golpe de Donald Trump, candidato derrotado.
Jair e seus filhos divulgaram diversas fake news sobre a China, especialmente sobre suas vacinas contra Covid-19.
A família Bolsonaro insinuou que o país produziu o vírus, que matou mais de 6,6 milhões de pessoas em todo o mundo, para obter uma vantagem econômica.