Foram cinco ex-ministros do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e outros de Itamar Franco e José Sarney
O ex-presidente Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, receberam, na terça-feira (27), o apoio de ex-ministros, ex-secretários de governo, juristas, economistas e outras personalidades.
Foram cinco ex-ministros do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Também ex-ministros do governo Itamar e de José Sarney.
Entre eles estavam Aloysio Nunes Ferreira, José Carlos Dias, Claudia Costin, Luiz Carlos Bresser-Pereira e Paulo Sérgio Pinheiro que declararam apoio ao petista em evento nesta terça-feira (27).
O economista André Lara Resende, que participou do governo FHC e foi um dos articuladores do Plano Real, também declarou apoio ao petista, além do embaixador Rubens Ricupero, ex-ministro do governo Itamar Franco.
O evento de apoio reuniu, também, Gabriel Chalita, ex-secretário estadual no governo Geraldo Alckmin (na época no PSDB), e Fábio Feldman, que foi secretário estadual do tucano Mário Covas. Márcio Elias Rosa e Alexandre Schneider, que também foram secretários de Alckmin, participaram do ato com decoração de apoio a Lula.
Também estavam na mesa os ex-secretários Silvio Torres, Floriano Pesaro, Hedio Silva, Marcos Vinicus Petreluzzi, Eloisa Arruda, Luiz Gonzaga Belluzzo e Belizario dos Santos Junior.
Ainda compuseram o encontro os economistas André Lara Rezende e Eduardo Moreira, além de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Pedro Tobias, ex-presidente do PSDB.
“Alckmin se empenhou muito nessa reunião, nessa construção”, disse o coordenador do plano de governo de Lula, Aloizio Mercadante.
Todos destacaram a defesa da democracia e a importância da união entre Lula e Alckmin para capitanear a formação e consolidação de uma frente ampla para enfrentar o bolsonarismo.
O ex-presidente resgatou o convite ao empresário José de Alencar para ser seu candidato a vice e afirmou que é importante as pessoas divergirem nas ideias. “A democracia não é um pacto de silêncio, não é todo mundo ficar de cabeça baixa concordando com todo mundo. A democracia é uma sociedade fazendo barulho, gritando e reivindicando. Fazendo marcha e contramarcha, fazer tudo. Porque se não o governo não se mexe”, disse.
O ex-governador Geraldo Alckmin lembrou que o grupo que se reuniu na terça em apoio a Lula já esteve junto na luta pela democracia contra a ditadura militar, bem como para escrever a Carta Magna, e que a união atual se faz necessária e tem como objetivo recuperar o país do desmonte imposto por Jair Bolsonaro.
“Quero destacar a liderança popular do presidente Lula, é muito difícil alguém ter este dom, essa proximidade tão grande com o povo. Dizem que há grandes homens e que perto dele todos se sentem pequenos. Mas o verdadeiro grande homem é aquele que todos do lado dele podem se sentir grandes, e o presidente Lula tem essa capacidade”, completou.
APOIOS RELEVANTES
Lula conseguiu, nas últimas semanas, o apoio da ex-ministra Marina Silva (Rede), do ex-ministro e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (União Brasil), dos ex-ministros do PSDB, Miguel Reale Júnior, um dos autores da peça jurídica que embasou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e de Sérgio Amaral.
O ato organizado na terça-feira pela campanha de Lula é mais um dos eventos no qual a campanha do PT tenta mostrar que há aliança entre diferentes setores da sociedade em torno da candidatura do petista contra Jair Bolsonaro (PL).
Com isso, a campanha de Lula ganha destaque nacional anuncia o apoio de setores divergentes da política nacional contra os antagônicos de extrema-direita.