Milhares de pessoas saíram às ruas contra o governo Bolsonaro na manhã deste 7 de Setembro em diversas capitais e municípios do país.
Na capital fluminense, os manifestantes começaram a se concentrar logo cedo no centro do Rio, na esquina da Avenida Presidente Vargas com a Uruguaiana.
Além de pedirem o impeachment do presidente Bolsonaro, os manifestantes também pediam vacina, emprego e comida no prato.
O ato foi convocado por entidades estudantis, centrais sindicais, sindicatos e associações profissionais, partidos políticos e movimentos sociais. Com cartazes e placas com dizeres como “Fora Bolsonaro” e “Comida na mesa, vacina no braço, Bolsonaro na cadeia” e “Bolsonaro genocida”, os manifestantes seguiram em direção à Candelária, até a Praça Mauá, onde o ato foi encerrado por volta de 12h30. Durante o trajeto, a manifestação fechou as quatro faixas da Avenida Presidente Vargas reunindo, segundo os organizadores, 20 mil pessoas.
Também havia faixas em defesa das universidades públicas e contra as privatizações. Durante a passeata, os manifestantes batucavam e cantavam, “Bolsonaro vai cair, vai cair”.
Pela manhã também ocorreram manifestações contra o presidente no Distrito Federal, e nas capitais de Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Goiás. Também aconteceram atos em diversos municípios do interior, e vários estão marcados para acontecer ao longo do dia.
Em todas as manifestações o grito por fora Bolsonaro, em defesa da democracia, por vacina contra Covid-19 para todos, saúde, comida, moradia, trabalho e renda foi uníssono.
Belo Horizonte
Na capital mineira, os manifestantes carregavam faixas com dizeres como “governo de morte e de fome” e “cemitérios cheios, geladeiras vazias”. Eles pediram o impeachment do presidente e acusaram o presidente de “inimigo dos serviços públicos”. Uma faixa dizia que “o que atenta contra a dignidade do povo pobre atenta contra Deus”.
Como em outras manifestações pelo Brasil, os participantes do “fora Bolsonaro” se uniram ao Grito dos Excluídos, movimento de pastorais, igrejas e movimentos sociais que acontece desde 1995, e sai às ruas sempre no 7 de Setembro. O tema deste ano, além do “Fora Bolsonaro”, é “Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já!”.
São Luís
Em São Luís, capital maranhense, os manifestantes se reuniram no Centro Histórico e, além do impeachment do presidente, também falaram em defesa da democracia, citando os discursos antidemocráticos de Bolsonaro. Os manifestantes também pediram garantia dos direitos básicos, como mais vacinas, e geração de emprego e renda.
Os manifestantes pintaram o asfalto da Avenida dos Portugueses, próximo à Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com os dizeres, “Fora Bolsonaro”.
Recife
No Recife, os manifestantes percorreram a Avenida Conde da Boa Vista até a Ponte Duarte Coelho. Durante o trajeto, moradores acenaram e aplaudiram das janelas dos edifícios em apoio aos manifestantes e ao “fora Bolsonaro”.
Lá também o Grito dos Excluídos se uniu à manifestação.
Faixas e cartazes com “Fora Bolsonaro” e frases pedindo vacinas para todos, saúde, comida, emprego e renda, além de músicos, engrossaram a manifestação.
Salvador
Na capital baiana, manifestantes se concentraram no Campo Grande desde às 9h e seguiram em caminhada pela Avenida Sete de Setembro, em direção à Praça Castro Alves.
Faixas e cartazes denunciaram Bolsonaro pelas mais de 583 mil vítimas da pandemia, e exigiram vacina e alimento para a população.
BELÉM
No Pará, os maiores atos contra Bolsonaro aconteceram em Belém, Altamira e Ourém. Em Belém, a manifestação aconteceu junto ao Grito dos Excluídos, que também pede a saída do presidente Jair Bolsonaro.
Portando faixas e cartazes com “Fora Bolsonaro genocida” e dizeres em apoio ao SUS (Sistema único de Saúde), os manifestantes se concentraram no Largo do Redondo, no bairro de Nazaré, onde aconteceu um ato religioso ecumênico, e em seguida saíram em passeata até o Mercado São Brás.
As manifestações, tanto em Belém como em Altamira e Ourém, foram convocadas por sindicatos, estudantes, professores, centrais sindicais e movimentos sociais.