A maior das manifestações aconteceu diante do QG militar israelense
Milhares se manifestaram em Tel Aviv e Haifa neste sábado, 30, exigindo a saída de Netanyahu e cessar-fogo imediato junto com abertura de negociações para a troca de reféns israelenses por prisioneiros políticos palestinos.
Enquanto os israelenses calculam em 129 os detidos em mãos do Hamás, são mais de 7.000 os presos palestinos nas prisões de Israel.
A manifestação em Tel Aviv se deu diante do QG das forças israelenses com os presentes e oradores exigindo eleições já tanto nas palavras de ordem quanto nas faixas com dizeres como “Eleições Agora”, “Acordo Diplomático” e “O chamado das mães: tirem os soldados de Gaza agora” e ainda “Israel não sobrevive se não tirarmos Netanyahu”.
Também se concentraram centenas diante da casa particular de Netanyahu na cidade costeira de Cesarea. Entre os cartazes erguidos por lá um trazia o rosto do primeiro-ministro com a palavra “Culpado”.
O genocídio que já tirou a vida de mais de 21 mil palestino já entrou na 12ª semana sem que Israel consiga seus objetivos declarados na tentativa de justificar o morticínio; destruir o Hamás e trazer os cativos de volta. Ao contrário, há poucos dias as próprias forças invasoras de Israel mataram três israelenses que haviam escapado do cativeiro e portavam bandeiras brancas.
O breve clima de esperança com reféns israelenses retornando e prisioneiros asindo das prisões israelenses e ainda uma trégua foi interrompido pelo recrudescimento dos bombardeios junto com a invasão por terra que tem levado Israel a perder soldados diariamente atingidos pela resistência palestina. Calucula-se em 300 o número de soldados israelenses hospitalizados com mais de 40 em condições críticas.
Apesar do repúdio mundial ao massacre e à crescente rejeição dentro de Israel, Netanyahu foi à TV para dizer que a “guerra deve prosseguir por muitos meses”.
Uma das manifestantes, Rotem Telem, declarou que a sensação entre os manifestantes é de “medo e desespero”.
“Pessoas estão morrendo de ambos os lados e eu não vejo propósito na continuação disso. Não se deve esquecer os princípios em nome de uma guerra que não estamos vencendo. A morte de crianças não pode ser uma política de governo”, acrescentou Telem.
Outra manifestante, Molly Manekar, afirmou que “trazer os reféns não está entre as prioridades de Netanyahu que visa sua ambição por poder”.
“Para trazer os cativos é necessário um cessar-fogo, não há outro caminho”, acrescentou.