Ato antes proibido pela polícia israelense, aconteceu depois de liberado pela Suprema Corte. Manifestações pela saída de Netanyahu e pelo cessar-fogo acontecem também em Tel Aviv, Jerusalém e Cesarea
Manifestantes judeus e árabes se concentram na Praça Paris, em Haifa, neste sábado (20), para exigir o fim da agressão aos palestinos na Faixa de Gaza e a saída de Netanyahu com convocação imediata de eleições.
Convocado pelo Haddash (Partido Comunista de Israel) o ato foi proibido pela polícia e aconteceu depois que a Corte Suprema liberou a manifestação depois de instada por ação do Haddash em conjunto com a Associação Pelos Direitos Humanos em Israel.
A praça onde ocorre a manifestação foi cercada pela polícia com bloqueios. Militares da unidade chamada de “Controle de Fronteira” também estão nas proximidades.
Os manifestantes erguem cartazes em hebraico e árabe afirmando “Não à Guerra”, “Parem com o genocídio”, entre outros.
Uma das manifestantes, Gaya Dayan, repudiou a quantidade de policiais e militares deslocados para o entorno da praça, Segundo ela, com o intuito de intimidar os que participam do ato: “Vocês não acham que eles estão aqui para nos proteger, não é?”
PROTESTO DIANTE DA CASA DE NETANYAHU
Na sexta-feira a manifestação aconteceu diante da casa de Netanyahu com a presença de dezenas de parentes de israelenses ainda detidos em mãos do Hamás.
Para os manifestantes em Cesarea, cada dia que passa o risco de vida dos reféns aumenta. Por isso, exigem o cessar-fogo e início de negociações para a liberação de todos eles.
“Esses combates colocam a vida dos reféns em risco. Existe um jeito de tirá-los de lá e este caminho é uma negociação que tem um preço e que deve ser pago”, disse Merav Svirsky, irmã de Itay, que faleceu cativo na semana passada.
Uma família de outro dos reféns instalou uma tenda ao lado da casa de Netanyahu e se declarou em greve de fome até que seu parente seja solto.
“Enquanto Netanyahu está jantando com seus filhos, meu filho está ferido e detido e comendo um quarto de pita (pão árabe) nas refeições e é o que vamos comer até que ele venha aqui conversar conosco”, disse Eli Shtivi pai de Idan Shviti que estão nas mãos do Hamás.
Manifestção prevista para este sábado acontecerá em Tel Aviv, também com a presença de parentes de reféns que denunciam: “Nossos parentes estão sob risco. Estão mentindo para nós ao dizer que a ação militar em Gaza os libertará”
