Enquanto seu partido, o Solidariedade-SD, vai apoiar a candidatura de Márcio França (PSB) à Prefeitura de São Paulo, a ex-prefeita Marta Suplicy rompeu com a legenda e anunciou apoio ao prefeito Bruno Covas (PSDB) durante um jantar em sua casa.
O apoio do partido a Márcio França contraria a proposta de Marta Suplicy que defende uma ampla frente contra o bolsonarismo e vê na coligação de Covas a realização desta proposta.
Ver Márcio França oferece moeda de troca a Bolsonaro
O apoio de Marta ao prefeito foi divulgado por uma nota do PSDB com uma foto nesta quinta-feira (10).
“No dia em que o Solidariedade resolve apoiar outra candidatura, a ex-senadora e ex-ministra Marta Suplicy se encontra com Bruno Covas. Na pauta, deliberaram ações conjuntas para São Paulo. No campo democrático, Marta Suplicy se une aos que apoiam a coligação do prefeito que, com ou sem partido querem o melhor para São Paulo”, diz a nota do PSDB.
Numa live recente, com a participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a ex-prefeita defendeu que a articulação da frente deveria começar já nas eleições municipais deste ano.
Marta era apontada para ser vice na chapa do PSDB, mas seu partido vetou a sua participação ao lado de Bruno Covas. Ver SD anuncia que Marta não será candidata a prefeita e nem a vice
Segundo o Estadão, os dois conversaram sobre suas gestões à frente da Prefeitura de São Paulo e Covas convidou Marta para ser a coordenadora da Frente Ampla suprapartidária que comandará ações e eventos de sua campanha.
A ex-prefeita deve gravar um vídeo de apoio a Bruno Covas para ser exibido na convenção tucana no próximo sábado (12), e anunciar sua saída do Solidariedade após o fim do período de convenções partidárias.
Márcio França tem buscado o apoio de Bolsonaro com elogios e aparições ao lado do presidente da República. No dia 7 de agosto França acompanhou Bolsonaro na vistoria de uma ponte em São Vicente (SP).
O filho de Márcio França, deputado federal Caio França, também elogiou Bolsonaro. “Em 50 anos, Bolsonaro é o primeiro presidente a ir ao Vale do Ribeira, uma região carente que não pode perder a oportunidade de ter essa relação [com o presidente] e tentar prosperar”.
Relacionadas:
