O MDB rebateu imediatamente as especulações de que estaria articulando ministério no governo Bolsonaro.
“Qualquer filiado ao partido que aceitar Ministério deste governo será convidado a se retirar da sigla”, escreveu no Twitter a legenda, que tem o deputado Baleia Rossi (SP) como presidente.
“Essa é a posição oficial do MDB”, arrematou a mensagem.
Baleia Rossi foi candidato à Presidência da Câmara este ano, no início da legislatura.
A advertência do partido foi uma resposta a uma matéria do jornalista Lauro Jardim, de ‘O Globo’. Segundo Jardim, “já há uma articulação de setores da bancada emedebista no Senado que busca dar ao líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (TO), a Secretaria de Governo, para cuidar da articulação política”. Lauro Jardim chama o MDB de “guloso”.
Contrariando o partido, o bolsonarista deputado Osmar Terra (MDB-RS) já chefiou, por 13 meses, o Ministério da Cidadania. Além de Eduardo Gomes, senador do partido que é lider do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) foi também escolhido por iniciativa de Bolsonaro, contrariando a orientação da legenda.
Na CPI da Pandemia, Fernando Bezerra faz parte da bancada que tenta esconder a omissão do governo no combate à Covid-19.
FILIAÇÃO
O partido vai ganhar mais um senador na bancada, senador Giordano confirmou que trocará o PSL pelo MDB.
Giordano era suplente do ex-senador Major Olimpio (PSL-SP), que faleceu por complicações da Covid-19. Major Olimpio era ferrenho opositor de Bolsonaro no Senado.
Assim, a bancada emedebista passará a ter 16 senadores. O PSD, com 12 senadores, tem a segunda maior bancada.
A cerimônia de filiação de Giordano será em 16 de agosto, em São Paulo.