O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense concluiu, nesta quinta-feira (28), a eleição para a nova diretoria da entidade que assumirá o mandato nos próximos quatro anos.
A entidade representa cerca de 60 mil trabalhadores de empresas como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), maior siderúrgica da América Latina, e as montadoras Peugeot, Nissan, Volkswagen Caminhões e outras empresas do ramo do aço como Abreu, Eco-Fandres, entre outras.
Com 1212 votos, 67,1% dos 1807 votos na disputa, foi eleita a chapa 2 “A Hora da Mudança”, apoiada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e pela Conlutas, derrotando a chapa 1, que buscava reeleição.
A chapa 1, ligada à Força Sindical, obteve 335 (18,5%), enquanto a chapa 3, ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), teve 230 (12,7%), demonstrando o descontentamento dos metalúrgicos com o grupo que dirigiu a entidade nos últimos 30 anos.
Eleito presidente, Edimar Miguel Pereira Leite, metalúrgico há vinte e sete anos na CSN, afirmou que os trabalhadores da região têm sofrido diversos ataques a seus direitos, com perdas drásticas para a categoria no último período. “Nós temos a incumbência e a tarefa de lutar junto com os metalúrgicos, não só para resistir, mas para resgatar os direitos que nos foram tirados”, disse o metalúrgico.
“Muito dos nossos direitos foram tirados, mas agora está sendo montado um exército de homens e mulheres de aço que querem fazer uma grande história em defesa dos nossos direitos para que possamos deixar dias melhores para as próximas gerações. Essa luta trouxe um grito de guerra que pode ecoar por todo o nosso país. Esses homens e mulheres de aço deixarão um importante legado de luta em defesa dos trabalhadores”, disse Edimar.
VITÓRIA HISTÓRICA
Edimar agradeceu à categoria pela histórica vitória e fez um apelo à sindicalização e ao fortalecimento do Sindicato. “Tenho a certeza de que vamos fazer um amanhã melhor”, disse.
“O nosso trabalho está apenas começando, temos um grande caminho pela frente, mas juntos nós vamos fazer uma grande mudança, porque a hora é da mudança e contamos com vocês para continuarmos firmes na luta. Nossa vitória será maior com você e para benefício de toda a categoria”, completou.
Com a palavra de ordem “O peão voltou”, os metalúrgicos do Sul Fluminense comemoram a vitória na eleição do sindicato e o retorno da defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores como motor dessa nova gestão.
“Muitos precisam não só saber dessa luta mas precisam também entender que nós precisamos lutar. Pois sem luta não há vitória. E que quem faz essa engrenagem chamada Brasil girar são os trabalhadores e trabalhadoras. E que juntos possamos construir um dia melhor, uma vida melhor e um país melhor. Mais digno, mais justo, mais igualitário”, concluiu Edimar.