“Apesar do negacionismo, dos ataques à ciência e da política de descaso, muitas vidas foram salvas devido ao SUS e ao esforço sem limite das trabalhadoras e trabalhadores da saúde”, destacou
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou no último domingo (7), em pronunciamento em cadeia de rádio e TV, que o momento é de ‘intensificar a vacinação’ contra a Covid-19.
Nísia deu a declaração após a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciar o fim da emergência sanitária. Com o anúncio, já não há o grau máximo de alerta para coordenar ações emergenciais contra a doença.
O status de pandemia, contudo, permanece, porque a Covid está disseminada globalmente.
“Um alerta: É hora de intensificar a vacinação: as hospitalizações e óbitos pela COVID-19 ocorrem principalmente em indivíduos que não tomaram as doses de vacina recomendadas”, disse Nísia.
“Por esta razão, o Ministério da Saúde, ao lado de estados e municípios, realiza desde fevereiro um movimento nacional pela vacinação de reforço para Covid-19. Esta é a forma mais eficaz e segura de proteger nossa população. Precisamos estar unidos pela saúde, em defesa da vida”, acrescentou.
A ministra também relembrou os mais de 700 mil mortos no Brasil e criticou a forma como o governo antecessor lidou com a pandemia. “Outro teria sido o resultado se o governo anterior, durante toda a pandemia, respeitasse as recomendações da ciência”, completou a ministra.
No mês passado, o governo anunciou a ampliação do reforço com a vacina bivalente contra a Covid para todos acima de 18 anos.
O mais alto título de alerta da OMS havia sido declarado para o surto do novo coronavírus no final de janeiro de 2020.
A ministra também agradeceu profissionais de saúde, laboratórios que produziram as vacinas e prefeitos e governadores que atuaram para preservar vidas nesta pandemia.
“Apesar do negacionismo, dos ataques à ciência e da política de descaso, muitas vidas foram salvas devido ao SUS e ao esforço sem limite das trabalhadoras e trabalhadores da saúde. A eles, agradeço em meu nome e em nome do Presidente Lula, que tem se dedicado desde o primeiro dia de nosso governo à política do cuidado e ao fortalecimento do SUS”, disse Nísia.
A doença, que deixou oficialmente pelo menos 7 milhões de mortos no mundo, está “suficientemente controlada” pela OMS. Apesar de ser declarado o fim da emergência, o título de pandemia está mantido.