O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, reuniu-se nesta quarta-feira (31) com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para discutir o uso e os testes das urnas eletrônicas nas eleições e disse que o assunto está “superado”.
A guerra acerca da realização das eleições começou pois Jair Bolsonaro passou a divulgar mentiras sobre as urnas eletrônicas, dizendo, sem apresentar provas, que elas já foram fraudadas e não são seguras.
Depois da reunião, Paulo Sérgio Nogueira disse a outro ministro do governo: “assunto superado”.
O TSE divulgou uma nota dizendo que “ficou reconhecido o êxito dos testes de verificação das urnas eletrônicas” e que “haverá a divulgação de todos os boletins de urna pelo TSE, possibilitando a conferência e totalização dos resultados eleitorais pelos partidos políticos e entidades independentes”.
A nota ainda fala que foi ressaltada “a importância da manutenção da realização do Teste de Integridade como mecanismo eficaz de auditoria” e admite “a possibilidade de um projeto piloto complementar” para que seja utilizada a biometria durante o teste. Esse projeto piloto decorre de uma sugestão das Forças Armadas.
O TSE também disse que será realizado um evento com a Comissão de Transparência Eleitoral para a apresentação dos resultados dos testes feitos pela USP, Unicamp e UFPE.
As três universidades, durante três meses, analisaram e realizaram testes nos códigos-fonte das urnas eletrônicas. Nenhuma falha ou fragilidade foi encontrada.
Enquanto todos os especialistas atestam a segurança das urnas eletrônicas, Jair Bolsonaro usa fake news para atacá-las e fragilizar a democracia.
Em resposta a suas ameaças, a Faculdade de Direito da USP e entidades como a Fiesp e a Febraban divulgaram manifestos em defesa do estado democrático de direito. O manifesto da Faculdade de Direito teve mais de um milhão de signatários.
