O ministro da Educação, Abraham Weintraub, desrespeitou os parlamentares ao insinuar, na audiência desta quarta-feira (15), para explicar os cortes de verbas das Universidade e Institutos Federais, que eles [os deputados] não trabalham e que ele, sim, teve carteira de trabalho. “Eu gostaria também de falar que eu fui bancário, carteira assinada, azulzinha, não sei se vocês conhecem”, disse, provocando indignação e protestos dos deputados.
“Trabalhei muito, pagava imposto sindical para valer. Trabalhei muito, recebi o ticketzinho”, prosseguiu o ministro, em sua provocação ao parlamento brasileiro. O desrespeito foi tanto que o próprio presidente da mesa, deputado Marcos Pereira (PRB-SP), também demonstrou incômodo com a fala do ministro e o repreendeu. Pereira disse que já teve a carteira assinada e se sentia ofendido com a fala do ministro.
Weintraub foi criticado e cobrado por parlamentares de praticamente todos os partidos. Tirando alguns integrantes do PSL, todos os demais partidos, inclusive o DEM, PSDB, PSD, PR, PRB, PTB, etc., criticaram os cortes feitos pelo governo Bolsonaro na Educação.
A convocação para dar explicações aos deputados ocorreu no mesmo dia em que centenas de milhares de estudantes, professores e pesquisadores saíram às ruas em todo o país contra o bloqueio das verbas.
O funcionário de Bolsonaro tentou confundir os parlamentares, dizendo que a prioridade do governo é o ensino básico. Na verdade o que ele disse é que o Brasil gasta muito com o ensino superior. Por isso ficava repetindo que “eu não estou querendo diminuir o ensino superior”.
“Ao que a gente se propõe? Cumprir o plano de governo que foi apresentado. Prioridade é ensino básico, fundamental, técnico”, afirmou.
O líder da Oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) desmentiu o ministro quanto à sua suposta prioridade para o ensino básico:
“Não há prioridade nenhuma. Os cortes também atingem pesadamente o ensino básico”, disse Molon.
O deputado Orlando Silva (PCdoB), autor da convocação, denunciou que “as medidas anunciadas pelo governo representam uma perseguição ao ensino em todos os níveis. E, mais do que isso, é uma perseguição à cultura, ao saber, ao pensamento crítico e à pesquisa. O Brasil não vai aceitar ver suas universidades serem destruídas”, disse o parlamentar.
Orlando Silva frisou que “o ministro precisa fundamentar, justificar os cortes nas Universidades, Institutos Federais e os cortes na educação básica, naquilo que tem participação da União”. Cobrou que “o governo tem que aumentar os investimentos na Educação e não diminuí-los”.
“Esta sessão”, declarou o deputado Orlando Silva, “não tem como objetivo conhecer o plano de governo apresentado pelo candidato a presidente da República. Esta sessão não tem como objetivo conhecer o Plano Nacional de Educação e suas metas e a sua evolução no último período. Tem que explicar os cortes. O que poderá acontecer é o Brasil deixar de cumprir as metas, caso sejam mantidos os bloqueios anunciados”.
O deputado André Janones (Avante-MG) subiu à tribuna para falar e deu um corretivo no ministro: “Tenha um pouco mais de humildade, que o senhor está aqui para ouvir todos, não só quem está aqui para puxar o seu saco”.
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), disse que esperava que o ministro, depois do vexame provocado por suas ofensas às universidades, pedisse demissão. “Quero saudar todos os que ocuparam as ruas do país hoje para defender a educação, o ensino, a pesquisa, as Universidades e os Institutos Federais, na sua luta pelo direito de estudar e pelo direito de ensinar”, afirmou a deputada.
O líder do PDT, deputado André Figueiredo, afirmou que o ministro mentiu sobre os números apresentados. Ele insistiu que os cortes vão atingir, na média, 30% dos recursos destinados para o custeio das universidades – e não 3,5%, como insistia o ministro.
O deputado Danilo Cabral (PSB-PE) cobrou do ministro que ele pare de mentir: “Seja honesto ministro. Não venha falar que tem dinheiro demais na Educação. O que vocês querem é tirar dinheiro da Educação”. E observou: “Estou muito satisfeito, porque quando o senhor esteve no Senado, estava todo arrogante e, agora, está aqui, tendo que dar explicações. Respeite a Educação, ministro. Respeite os estudantes, respeite os professores, porque muito mais vem por aí”, completou o deputado.
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Desde quando dizer a verdade é ofender??? Se ele tivesse dito que são vagabundos também estaria falando uma verdade nua e crua!!!
Será que você está querendo derrubar o governo do Bolsonaro – ou é apenas impressão nossa? Dizem alguns que quando a estultice é demasiada, é sinal que tem algo por trás…
Nunca havia visto uma turba de ” estudantes” , todos de camisetas vermelhas , outras camisetas com a “foice e o martelo” , outras camisetas da CUT. Muitos cartazes de LULA LIVRE. ESTAVA MAIS PARA UMA PASSEATA POLÍTICA do que um protesto pelo contigenciamento das verbas para despesas extraordinárias. Quando LULA cortou 40% da educação , da Pàtria Educadora e quando DILMA cortou , 30 % da verba da EDUCAÇÃO , NÃO HOUVE PROTESTO ALGUM. Este movimento todo foi armado pelos sindicatos para tentar desestabilizar o GOVERNO, e apoiado por uma midia COMUNISTA/SOCIALISTA , pricipalmente a GLOBO e a BANDEIRANTES , que tenta diariamente DENEGRIR O GOVERNO, e por isto estão sendo cortados de receber verbas de governo para publicidade. ISTO É UMA VERGONHA.
Desculpe a pergunta, mas… De que hospício você saiu? Ah, sim, deve ser porque fecharam os hospícios. Agora, sim, entendemos.