O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou, na quarta-feira (18), uma retração de -0,3% na economia em fevereiro, na comparação com janeiro, na série dessazonalizada, que exclui os efeitos das variações mensais. Mais uma constatação de que a economia brasileira está estagnada.
Segundo o Monitor do PIB/FGV, houve uma pequena variação de 0,6% no trimestre dezembro/janeiro/fevereiro em relação a setembro/outubro/novembro de 2017, mas ainda assim, nas comparações interanual e trimestral, as variações positivas ainda são menores do que as verificadas no mês de fevereiro.
Na comparação interanual, o PIB do trimestre móvel terminado em fevereiro foi de 1,7%. Uma queda em relação a taxa trimestral móvel que se encerrou em janeiro (2,1%).
Já o consumo das famílias (bens de consumo duráveis, semiduráveis, não duráveis e serviços) no trimestre móvel encerrado em fevereiro apresentou crescimento de 2,5%, na comparação interanual, mas houve desaceleração do crescimento em comparação com a taxa trimestral móvel terminada em janeiro (3,0%).
A taxa de investimento (FBCF/PIB), expressa na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede o quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital, ou seja, aqueles bens que servem para produzir outros bens, foi estimada, a preços constantes, em 15,8% no mês de fevereiro de 2018. Bem distante do ápice de 24,3% em outubro de 2013.
Com as medidas recessivas dos governos Dilma/Temer, a economia entrou em recessão em meados de 2014. Neste período, a taxa de investimento (FBCF/PIB) declinou sistematicamente e encerrou 2017, segundo o PIB divulgado pelo IBGE em 15,6%, a mais baixa de toda a série atual do IBGE.