O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu 48h para a CPI da Pandemia enviar mais informações sobre o pedido de banimento de Jair Bolsonaro das redes sociais por divulgar fake news.
A decisão de Moraes é do sábado (30).
Em suas últimas sessões, a CPI da Pandemia aprovou requerimentos que pedem à Justiça o banimento de Jair Bolsonaro das redes sociais e uma retratação pela mentira que falou associando a vacinação contra Covid-19 com a Aids.
Além disso, os senadores aprovaram a transferência de sigilo de informações das redes sociais de Bolsonaro, como os acessos, dados cadastrais e todo o conteúdo armazenado para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ministro Alexandre de Moraes pediu à Comissão que explique os requerimentos aprovados para que ele responda ao recurso da Advocacia-Geral da União (AGU), que argumenta que as quebras são irregulares e pede a suspensão.
Os senadores da CPI afirmam que Jair Bolsonaro “segue com sua política de desinformação e geração do pretendido caos social por meio do acirramento de ânimos contra as medidas cientificamente capazes de realmente enfrentar o gravíssimo vírus que já vitimou mais de 606 mil brasileiros”.
Bolsonaro falou em uma transmissão ao vivo, no dia 21 de outubro, que as pessoas que tomaram as duas doses das vacinas contra Covid-19 estavam desenvolvendo AIDS mais rapidamente.
Ele se baseou em um site conhecido por divulgar fake news, o Before It’s News, para propagar a mentira.
Bolsonaro ainda mentiu falando que usou uma reportagem da revista Exame como fonte.
