O ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, divulgou uma nota negando que tenha agido com parcialidade em qualquer processo. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela parcialidade de Moro nos processos contra o ex-presidente Lula.
“Todos os acusados foram tratados nos processo e julgamentos com o devido respeito, com imparcialidade e sem qualquer animosidade da minha parte, como juiz do caso”, afirmou o ex-ministro da Justiça.
“Apesar da decisão da Segunda Turma do STF, tenho absoluta tranquilidade em relação aos acertos das minhas decisões, todas fundamentadas, nos processos judiciais, inclusive quanto aqueles que tinham como acusado o ex-presidente”, continuou.
Moro citou que a condenação de Lula foi confirmada em segunda e terceira instâncias e que a prisão do ex-presidente só aconteceu depois que o Plenário do STF negou um habeas corpus.
Para o ex-juiz, “a Operação Lava Jato foi um marco no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro no Brasil, colocando fim à generalizada impunidade destes crimes”.
“Mais de quatro bilhões de reais pagos em subornos foram recuperados aos cofres públicos e quase duas centenas de pessoas foram condenadas por corrupção e lavagem de dinheiro”, disse.
“O Brasil não pode retroceder e destruir o passado recente de combate à corrupção e à impunidade e pelo qual foi elogiado internacionalmente. A preocupação deve ser com o presente e com o futuro para aprimorar os mecanismos de prevenção e combate à corrupção e com isto construir um país melhor e mais justo para todos”, concluiu.
Além da suspeição de Moro, o STF, através de uma decisão monocrática de Edson Fachin, os processos de Lula para a Justiça Federal de Brasília.