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O Ministério Público do Rio de Janeiro recebeu uma denúncia de um suposto envolvimento suspeito entre o miliciano Luis Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, e o subsecretário estadual de Administração Penitenciária, Igor Bicaco.
De acordo com matéria publicada no Uol, que teve acesso ao documento, a denúncia do encontro entre Zinho e o subsecretário foi feita de forma anônima por um funcionário do sistema prisional do Complexo de Gericinó, em Bangu, para onde o miliciano foi encaminhado após se entregar à Polícia Federal no dia 24 de dezembro.
Segundo o relato, logo que chegou ao presídio, Zinho teria exigido a presença de Igor Bicaco, o que foi ignorado pelos agentes, mas, de acordo com o denunciante, mesmo sem ser chamado pelos policiais penais, o subsecretário se encontrou com Zinho no presídio.
Ainda conforme o relato encaminhado ao MP, o denunciante afirma que presenciou parte da conversa entre os dois e que “Zinho teria se queixado aos gritos com Bicaco por ter sido obrigado a raspar a cabeça”.
O denunciante afirma que “ao avistar Bicaco, o preso [Zinho] exigiu-lhe rispidamente explicações sobre o cabelo raspado e exigiu que [cita o nome de um policial penal], que é quem verdadeiramente manda nas cadeias do Rio (…) e pilota as ‘correrias’, fosse acionado para explicar a humilhação”.
Segundo a reportagem do Uol, o agente afirma ter tirado um print da imagem das câmeras de segurança que registraram o episódio e encaminhado ao MP”.
A reportagem afirma ainda que o subsecretário “ordenou que alguns
plantonistas saíssem do local e só permanecessem ali os ‘seus fiéis’”.
Na denúncia, o agente prisional que presenciou o encontro afirma ainda acreditar que Zinho terá “a fuga facilitada”.
Em nota, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) nega que o subsecretário tenha conversado com Zinho. A Seap afirma que a orientação foi para que nenhum subsecretário tivesse comunicação com o homem apontado como principal líder miliciano do Rio e considerado um criminoso de alta periculosidade.