O porta-voz do governo grego, Akis Skertsos, saudou “decisão histórica” que impede “os inimigos da democracia” de se sentar no parlamento. “É nosso dever comum proteger a democracia”, acrescentou
Por decisão da Suprema Corte da Grécia, o partido nazista ‘Helenos’ está proibido de disputar as eleições gerais do dia 21 de maio.
A sentença foi aprovada por 9 dos 10 magistrados da Corte, que reconhece o caráter antidemocrático do bando que é vezeiro em perpetrar ataques a políticos e ativistas progressistas como também a imigrantes.
A decisão judicial respalda a lei aprovada pelo parlamento grego que torna inelegíveis os condenados por crimes graves, assim como os partidos que tais criminosos lideram.
Essa definição se encaixa perfeitamente nos “Helenos”, que tem lideranças cumprindo pena pricional há alguns anos, incluindo seu chefe máximo, Ilias Kasidiaris, que está condenado a 13,5 anos, desde outubro de 2020, acusado de chefiar organização criminosa e posse ilegal de armas.
É a primeira vez que um partido é proibido de participar nas eleições desde que foi restaurada a democracia na Grécia, em 1974, após os sete anos da ditadura dos coronéis, de acordo com especialistas.
Com essa decisão a Justiça grega rompeu com uma postura mais contemplativa que vinha adotando. Kasidiaris é um admirador do Terceiro Reich e tem uma suástica tatuada no braço esquerdo. Certa vez, ele deu um soco em um legislador comunista na televisão e ficou por isso mesmo. Ele prega para seus 120 mil seguidores do Youtube e por meio de mensagens de voz da prisão.
Na súmula em que tomou a decisão, a mais alta corte do Judiciário grego argumentou que tal medida foi necessária para proteger a democracia no país. Os advogados do partido fascista informaram que não aceitam a decisão tomada pela Suprema Corte e anunciaram que recorrerão ao Tribunal Europeu para poder participar do pleito deste mês.
O porta-voz do governo grego, Akis Skertsos, saudou o que chamou de “decisão histórica” que impede “os inimigos da democracia” de se sentar no parlamento. “É nosso dever comum proteger a democracia”, acrescentou.
