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Em vídeo, que exibimos abaixo, e que está viralizando na internet, o bispo Macedo, chefe da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da TV Record, aparece numa cerimônia em uma de suas igrejas criticando os fiéis por aplaudirem o que ele acabara de falar.
“Não, não, não. O que Deus quer não são aplausos. Ele quer que vocês ajudem a pagar as nossas contas. Ele quer que vocês batam a mão no bolso”, disse ele.
Assista ao vídeo
Nada mais esclarecedor de quais são os reais objetivos dos “pastores” que se esforçam para iludir fiéis com vistas a extrair os seus parcos recursos. As declarações do fundador da Universal neste vídeo revelam bem a essência do que é a “teoria da prosperidade”.
Uma doutrina pseudo cristã que ganhou força nas igrejas neopentecostais e que defende que “a bênção financeira é o desejo de Deus para os cristãos e que a fé, o discurso positivo e as doações para os ministérios cristãos irão sempre aumentar a riqueza material do fiel”.
O que ocorre é que a fé das pessoas mais humildes vem sendo manipulada por inescrupulosos falsários, criadores de igrejas, que se fazem passar por enviados de Deus. São na verdade uns espertalhões que exploram a fé alheia. Manipulam o desespero e a carência de pessoas simples, muitas delas vítimas de uma organização social excludente e injusta.
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Uma sociedade que beneficia a ganância dos poderosos em detrimento do trabalho honesto das pessoas simples, que, abandonadas pelo Estado, se tornam presas fáceis dos falsos profetas.
Recentemente Jair Bolsonaro participou de uma cerimônia dessas, conduzida pelo mesmo bispo Macedo que aparece no vídeo. Bolsonaro se ajoelha diante de Edir Macedo e recebe uma espécie de batismo evangélico, apesar dele sempre ter dito que era católico.
“Todo dia um malandro e um otário acordam de manhã. Quando se encontram, sai negócio.” Só no dia de São Nunca que o Estado vai sair por aí caçando os “pastores”. Pra piorar, muitas dessas pessoas “simples”, “vítimas de uma organização social excludente e injusta”, votam na direita. Passar a mão na cabeça não dá. Um paralelo que gosto de fazer é com o pessoal que cai em esquemas de pirâmide. Não tem como tratar essa galera como coitadinhos. São otários e ponto final.
Quer dizer que o problema não são os vigaristas, os trapaceiros que se aproveitam da boa fé do povo, mas, ao contrário, os que são iludidos? Assim é melhor aderir a essa malta, leitor. Mas essa alternativa não nos apraz.