Para Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil de Bolsonaro, o caixa dois que recebeu para ser eleito deputado federal em 2014 não é um crime, mas “um erro”.
Em 2017, o nome de Onyx apareceu em uma lista da JBS entregue ao Ministério Público que mostrava os repasses ilegais feitos durante as eleições de 2014. Onyx confessou o recebimento de R$ 100 mil, mas agora o chama de “erro”, e não de crime.
Só que em 2014 ele não recebeu só R$ 100 mil, foram R$ 200 mil. Ele “confessou” parte dele. Além do mais, ainda omitiu R$ 100 mil que também não declarou em 2012, quando não disputou qualquer cargo eletivo.
“Esse episódio foi um erro cometido durante a minha vida pública. O erro que eu cometi foi não declarar, mas eu assumi o erro”, disse. No mensalão, esse “erro” foi chamado de “recurso não contabilizado” e deu no que deu.
Em 7 de abril do ano passado, o então juiz Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça, em uma palestra para estudantes brasileiros na Universidade de Harvard, afirmou que a corrupção para financiamento de campanha é pior que o desvio de recursos para o enriquecimento ilícito.
“Temos que falar a verdade, a Caixa 2 nas eleições é trapaça, é um crime contra a democracia. Me causa espécie quando alguns sugerem fazer uma distinção entre a corrupção para fins de enriquecimento ilícito e a corrupção para fins de financiamento ilícito de campanha eleitoral. Para mim a corrupção para financiamento de campanha é pior que para o enriquecimento ilícito. Se eu peguei essa propina e coloquei em uma conta na Suíça, isso é um crime, mas esse dinheiro está lá, não está mais fazendo mal a ninguém naquele momento. Agora, se eu utilizo para ganhar uma eleição, para trapacear uma eleição, isso para mim é terrível. Eu não estou me referindo a nenhuma campanha eleitoral específica, estou falando em geral”, afirmou.
Onyx lembrou que “naquela época se podia receber doações de empresas”, mas não explicou o porquê de não ter declarado estas doações, a não ser falando que “não registrei”.
O erro, disse Lorenzoni, foi involuntário e, segundo ele, não haveria nenhum tipo de contrapartida pela doação ilegal.
Onyx fez uma cena durante a entrevista no Canal Livre da Band, apontando uma tatuagem no braço, com a frase bíblica “Conheceis a verdade e a verdade vos libertará”. “Fiz isso para que nunca mais erre”, destacou.
Sobre o caso do ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro, que, segundo relatório do Coaf, fez movimentações financeiras suspeitas de R$ 1,2 milhão em 1 ano, Onyx declarou que “essa questão terá que ser desdobrada na investigação”.
Mas alegou que “há um certo estardalhaço, e há sempre uma tentativa de desgastar a imagem do presidente eleito”. Segundo ele, Bolsonaro “não teme o enfrentamento com a verdade”.
Entretanto, Bolsonaro disse recentemente que a corrupção não é “tão grave assim”. “Muito, mas muito mais grave que a corrupção é a questão ideológica”, afirmou o presidente eleito, em reunião com as bancadas do PSL, no dia 21 de novembro.
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Onyx Lorenzoni: você fez e faz parte do partido político que já mudou de nome quatro vezes nos útimos 50 anos no inciou com o nome de ARENA, PDS UM E DOIS, PFL e no mometo atual DEM, vamos fazer a relação de quantos políticos acusados de corrupção passaram por esse partido nos últimos 50 anos, você vai precisar de um bom matemático porque a lista deve ser intensa, você não acha.
QUERO FAZER MINHA PRIMEIRA TATUAGEM. Apenas falta depósito de algum bom samaritano. Quem interessar-se será contactado. Prometo arrependimento e desculpas. Ah! Aceitarei, também, cargo bem remunerado e importante na República.