“A Polícia já tem em sua posse as imagens do restaurante e está bastante avançado o processo de identificação do autor”, afirmou o deputado federal do PCdoB, após denunciar agressor bolsonarista na delegacia
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) denunciou e prestou depoimento à Polícia Civil sobre a “agressão verbal e tentativa de agressão física” que sofreu de um bolsonarista, na noite da segunda-feira (2).
“A Polícia já tem em sua posse as imagens do restaurante e está bastante avançado o processo de identificação do autor” das agressões, informou Orlando depois do depoimento.
Na noite de segunda-feira (2), um bolsonarista abordou Orlando Silva em um restaurante no bairro da Liberdade, em São Paulo, e disse que “aqui não é lugar para você estar” e que “vocês acabaram com o Brasil. Bolsonaro vai destruir vocês, vagabundos”.
Depois das ofensas e ameaças, o bolsonarista empurrou a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, que estava junto de Orlando, e tentou arremessar uma cadeira contra outra pessoa que estava com o deputado.
O deputado federal disse que “não vamos tolerar violência política, não vamos recuar, não vamos aceitar que ninguém nos intimide”.
Para Orlando, é “muito importante ter feito a denúncia, que seja feita a apuração, que seja feita a punição exemplar para aqueles que difundem discurso de ódio, para aqueles que tentam, com ameaça física, intimidar politicamente os que querem lutar por um país melhor”.
“Vamos defender a democracia e eleições livres. Derrotaremos o fascismo e Bolsonaro”, continuou.
“Não vamos dar espaço para o terror que Bolsonaro e o bolsonarismo querem atentar”.
Orlando Silva agradeceu a “solidariedade de tantas, milhares e milhares de pessoas. Gente, inclusive, que nos ajudou na identificação do autor da agressão”.
O relatório produzido pelo deputado Orlando Silva sobre o PL de Combate às Fake News fez com que Jair Bolsonaro pessoalmente o atacasse.
Em transmissão ao vivo, Bolsonaro defendeu a rejeição do projeto, que estabelece ferramentas para impedir a propagação de desinformação, e disse que nenhuma “coisa boa” pode vir de um deputado do PCdoB.