“Quem tem que enfrentar o bandido é a polícia, preparada. Ela, sim, tem que estar bem armada e com inteligência para poder combater o crime”, acrescentou o deputado
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) rechaçou a proposta do governo Bolsonaro de liberar o acesso à armas no Brasil e disse que não se enfrenta “a violência transformando o país num bangue-bangue, num faroeste”.
Jair Bolsonaro já falou diversas vezes que quer permitir o acesso à armas de fogo para toda a população como forma de combater a violência e a criminalidade.
Orlando Silva falou, em debate na Jovem Pan, que “esse papo me surpreende. O Brasil tem tanto problema sério para enfrentar, como desemprego e fome, e gasta tempo para debater arma…”.
“O Brasil aumentou quatro vezes as taxas de registro de armas de 2019 para cá. Não tem correspondência na redução de índice de criminalidade por quê? Porque você não vai enfrentar a violência transformando o país num bangue-bangue, num faroeste”, argumentou.
Para o deputado federal, “tem que ter segurança pública, não é o cidadão individualmente que tem que enfrentar bandido. Quem tem que enfrentar o bandido é a polícia, preparada. Ela, sim, tem que estar bem armada e com inteligência para poder combater o crime”.
Orlando falou, que com a crise e o aumento da fome, que agora atinge 33 milhões de brasileiros, não são prioridades do governo Bolsonaro.
“Quem pode comprar uma arma? O povo brasileiro não tem emprego, meu irmão. Está faltando salário, comida e renda. Um trabalhador normal não tem a menor chance. A grande maioria da população brasileira precisa de política de segurança pública garantida pelo Estado”, acrescentou.
A Jovem Pan convidou Orlando para debater com o deputado bolsonarista Coronel Tadeu (PL-SP), que defende o armamento da população.
Em sua argumentação, Tadeu admitiu que o investimento na polícia é baixo. “Quanto cresceu a população de 1995 até hoje? A polícia diminuiu”, falou.