A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) iniciou nesta segunda-feira (12) a manobra Air Defender 23 (Defensor do Ar), com base principal de operações na Alemanha. Esse é um dos maiores exercícios da organizção chefiada pelos EUA, conta com a presença de dez mil militares de 25 países e 250 aviões, dos quais, 100 são fornecidos pelos EUA.
A manobra destina-se a mostrar a capacidade da Otan de realocar grandes quantidades de equipamento militar dos EUA para a Europa em um espaço muito curto, com aeronaves de transporte e de combate precisando trabalhar de forma coordenada.
Em meio ao conflito na Ucrânia, provocado pela expansão da Otan para as fronteiras da Rússia, os exercícios militares na Europa serão comandados pela Força Aérea Alemã (Luftwaffe) e vão ocorrer até o próximo dia 23, sob a alegação de demonstrar a “solidariedade transatlântica”. De acordo com as Forças Armadas da Alemanha (Bundeswehr), 146 partidas estavam planejadas apenas para esta segunda, com o treinamento envolvendo a capacidade de repelir jatos e drones inimigos até escoltas voadoras e apoio a tropas terrestres em batalhas.
Além dos membros da Otan, participantes tradicionais, estarão presentes a Finlândia – que se somou em abril à aliança – e a Suécia, que ainda aguarda a aprovação do ingresso, diante da objeção da Turquia, que determina a Estocolmo o cumprimento de uma série de condições.
As aeronaves de caça que se juntaram aos exercícios incluem vários caças multifuncionais F-35 das Forças Aéreas dos EUA e da Holanda, bem como bombardeiros estratégicos dos EUA B-1 Lancer. A frota aérea da Aliança Atlântica estará representada por outros caças como F-15, F-16, F-18, JAS 39 Gripen, aeronaves de ataque A-10, aeronaves de transporte como C-130 Hercules, C-17 ou Airbus A400M, aviões de reabastecimento aéreo KC-135 ou drones pesadosMQ-9 Reaper, entre outros equipamentos.
A maioria dos exercícios acontecerá em três zonas aéreas designadas na Alemanha, cujas elevações variam de 2.500 a 15.000 metros e mais. Além disso, duas bases aéreas na República Tcheca e na Holanda também sediarão os exercícios.
A Bundeswehr informou que foram adotadas medidas para minimizar o impacto dos exercícios na população e não prejudicar o tráfego aéreo civil. “Não se podem esperar cancelamentos de voos, apenas atrasos, no máximo”, apontaram.
