O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), fechou sua filiação ao PSD do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que pretende lançá-lo candidato à presidência da República nas eleições do ano que vem.
Pacheco já comunicou o presidente nacional do DEM, ACM Neto, que deixará o partido. O comunicado ocorreu na terça-feira (19) e o ato de filiação deverá ser na semana que vem, em Brasília.
Provável candidato à Presidência, o presidente do Senado pode se tornar um risco relevante em Minas Gerais para os planos de Lula e Bolsonaro, atuais favoritos nas pesquisas. Segundo maior colégio eleitoral, com 11% dos votos e 17 milhões de eleitores, o Estado é decisivo.
Não por acaso, a informação foi recebida com irritação por apoiadores de Jair Bolsonaro.
Segundo o site “O Antagonista”, os bolsonaristas escolheram o presidente do Senado como alvo principal das críticas nas redes sociais.
A hashtag #ForaPacheco esteve entre os assuntos mais comentados no Twitter na manhã da quarta (20), com mensagens que o chamavam, por exemplo, de “inútil” e “pamonhão”.
O senador mineiro também é acusado de “sabotar o Brasil ao travar pautas econômicas”. Um dos exemplos dados é o projeto, patrocinado pelo Palácio do Planalto, que altera a regra do ICMS que incide sobre combustíveis, já aprovado na Câmara dos Deputados.
Kassab foi outro político bastante criticado pelos apoiadores de Bolsonaro. Eles sugerem que, no fim das contas, o presidente do PSD quer mesmo é a vaga de vice na chapa de Lula em 2022, o que o líder partidário já negou em mais de uma ocasião.