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Lideranças religiosas, do movimento social e sindical realizaram um ato contra a proposta de privatização da Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo, a Sabesp, apresentada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O ato ocorreu na Avenida Paes de Barros, no Alto da Mooca, na Zona Leste da capital paulista, enquanto os manifestantes coletavam votos do plebiscito contra a privatização da empresa.
O padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo da Rua, participou da atividade e defendeu a necessidade da Sabesp continuar sob controle do Estado. “Estamos unidos e solidários na luta contra a privatização da Sabesp, da CPTM e do Metrô. E no dia de hoje, neste ato, com os trabalhadores e trabalhadoras da Sabesp, com vários movimentos sociais e populares, porque a água é de Deus, a água não pode ser mercadoria”, disse padre Júlio.
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A privatização da Sabesp é defendida pelo governo Tarcísio de Freitas, que tem movido todos os recursos possíveis para entregar a empresa para o setor privado. Tarcísio chegou a desembolsar R$ 45 milhões para que a Corporação Financeira Internacional, um braço do Banco Mundial, fizesse um estudo que justificasse a privatização. O Banco Mundial é uma das agências multilaterais que mais tem produzido documentos incentivando as privatizações de setores essenciais da economia, como forma de garantir a expansão do lucro do setor privado.
Os manifestantes, organizadores do plebiscito, têm alertado que as experiências de privatização em todo o mundo demonstram que a entrega do saneamento ao setor privado provoca, invariavelmente, o aumento da tarifa e queda na qualidade dos serviços.
“O povo de São Paulo, a classe trabalhadora, quer os serviços essenciais funcionando com qualidade. Não quer a entrega do nosso patrimônio e não quer esse modelo de estado mínimo que ele tenta implementar”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema), José Faggian.
Atualmente uma empresa de economia mista, controlada pelo Estado, mas com parte das ações negociadas na bolsa, a Sabesp atende 375 municípios paulistas onde vivem 28,4 milhões de pessoas.