“Ontem, em Beirute, na área portuária, fortes explosões causaram dezenas de mortos e milhares de feridos, além de muitas destruições graves. Rezemos pelas vítimas e suas famílias; e rezemos pelo Líbano, para que, com o compromisso de todos os seus componentes sociais, políticos e religiosos, possa enfrentar este momento trágico e doloroso e, com a ajuda da Comunidade internacional, superar a grave crise que está atravessando”, foi o apelo do papa Francisco após sua Audiência Geral, na quarta-feira, dia 5.
O Líbano, que já atravessava uma grave crise econômica e teve a situação deteriorada com a pandemia, precisa de apoio mundial agora. A declaração do papa veio logo após o apelo aos “países amigos” por ajuda feito pelo primeiro-ministro libanês, Hassan Diab.
Assim como o papa, já manifestaram solidariedade ao povo libanês diversos governos e chefes de Estado e começam a ocorrer iniciativas humanitárias.
A Rússia foi o primeiro país a anunciar envio de ajuda: “Ao todo, cinco aviões do Ministério para Situações de Emergência da Rússia serão enviados a Beirute em uma ação humanitária para ajudar e atenuar as consequências da forte explosão”, informou o departamento de comunicação do ministério.
Da Europa, a primeira manifestação de solidariedade veio da França. O governo francês informou que dois aviões levantaram voo em direção ao Líbano com especialistas de busca em escombros, 15 toneladas de equipamento médico e uma clínica de campanha.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, afirmou que “fará tudo o que puder” para ajudar. A Inglaterra e a Alemanha também já ofereceram apoio.
Através do Ministério das Relações Exteriores, o Egito comunicou que segue em contato com Beirute para enviar “toda a ajuda ao país irmão nestas condições difíceis”.
As informações são de que demais países árabes, entre eles Qatar, Kwait, Emirados Árabes e Arábia Saudita declararam disposição e já começam a enviar apoio.
PREFEITURA DE SÃO PAULO MANIFESTA APOIO
A Pefeitura de São Paulo (cidade com maior população de filhos do Líbano fora do país de origem em todo o mundo) presta solidariedade com o povo libanês iluminando quatro áreas públicas da cidade com as cores da bandeira do país atingido pela explosão.
O edifício Matarazzo (sede da administração municipal), o Viaduto do Chá, a ponde Octávio Frias (Estaiada) e a Biblioteca Mário de Andrade ficarão iluminadas por três dias. “Dessa forma a cidade de São Paulo presta as suas condolências e solidariedade à comunidade libanesa”, disse o prefeito Bruno Covas.