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Presidente do partido espera se reunir com lideranças do PT para rediscutir apoio à pré-candidatura do ex-presidente Lula na próxima semana. Depois do mal-estar, Lula e Gleisi manifestam apoio a Paulinho
O presidente nacional do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), Paulinho da Força, disse, neste sábado (16), que não há qualquer possibilidade de seu partido apoiar⁹ a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
“Zero”, afirmou o deputado federal, que deve se reunir com a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), na próxima semana para rediscutir os termos da aliança em torno do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O encontro foi pedido por Paulinho. Ele quer saber qual papel vai caber ao Solidariedade na futura aliança depois que ele foi vaiado por setores sectários do PT em ato com Lula, que reuniu líderes das centrais sindicais em São Paulo, na última quinta-feira (13).
“Diante do ocorrido, queremos saber o que pensa o PT. O Solidariedade não quer ser o patinho feio dessa aliança, queremos discutir uma aliança ampla entre aqueles que estão descontentes com o governo Bolsonaro e não apenas entre partidos de esquerda, mas de centro. Ou seja, uma aliança muito maior do que pensa talvez uma parte do PT”, pontificou Paulinho.
AMBOS SÃO “MUITO IMPORTANTES”
Pelas redes sociais, Gleisi Hoffmann elogiou Paulinho da Força e o Solidariedade neste sábado (16). Gleisi disse que ambos são “muito importantes” na frente pela democracia e pela reconstrução do Brasil e disse que o adversário é Bolsonaro e a política dele.
Lula compartilhou a mensagem e afirmou estarem “todos juntos para restituir o diálogo, o respeito, os direitos dos trabalhadores e a democracia”.
Paulinho e o Solidariedade indicavam há algum tempo que apoiariam Lula na corrida pela Presidência da República. O dirigente chegou a convidar Geraldo Alckmin (PSB) a se filiar à legenda para compor a chapa com o petista. O Solidariedade é um dos poucos partidos de centro dispostos a apoiar Lula já no primeiro turno da eleição.
MAL-ESTAR CAUSOU PROBLEMA POLÍTICO
Depois da vaia, o Solidariedade cancelou a reunião da Executiva do partido, inicialmente marcada para dia 3 de maio. A data seria usada justamente para oficializar o apoio a Lula, antes do lançamento oficial da pré-candidatura petista, planejada para ocorrer dia 7 de maio. “Foi só isso que mudou. O Solidariedade quer a aliança, mas não só com os partidos centro”, disse Paulinho.
A decisão de Paulinho de adiar o anúncio do apoio a Lula levou o ministro da Casa Civil, senador licenciado Ciro Nogueira (PP-PI), a tentar atrair o Solidariedade. Em áudio revelado pelo O Antagonista neste sábado, o aliado de Bolsonaro afirma a Paulinho que ele será muito mais bem tratado pelos apoiadores da reeleição.
“Vem pra cá. Aqui você vai ter só festa, alegria, e bons amigos cuidando de você. Nós estamos prontos para cuidar melhor de você, rapaz. Venha para o lado dos bons, das pessoas que gostam de você. Esse povo lá não presta não”, provocou Ciro Nogueira na mensagem a Paulinho, que responde dizendo que estava pensando na proposta.
Ao Estadão, no entanto, o deputado disse que a fala se deu em tom de brincadeira entre ambos.
AMIZADES À PARTE E LIGAÇÃO DE GLEISI
“Ciro é meu amigo, companheiro, independentemente de partido e de posição que ele tenha no governo. Foi uma conversa de amigos. Ele me mandou na brincadeira e eu respondi na brincadeira. Não tem nenhuma possibilidade de a gente apoiar o Bolsonaro, isso não tem dúvida”, afirmou Paulinho, que disse ter recebido ligação nesta manhã da presidente nacional do PT.
“A Gleisi me ligou hoje [sábado] para marcar uma reunião para discutirmos essa aliança ampla. Perguntou se eu estaria em São Paulo na segunda ou na terça para fazermos uma reunião e discutirmos dentro desses parâmetros de aliança, que envolva também partidos de centro. É isso que queremos.”
Na sexta-feira (14), Gleisi afirmou ao Estadão/Broadcast Político que a vaia sofrida por Paulinho não teve nenhuma relação com o PT. “[A vaia] Foi de um pequeno grupo e não tem nada a ver com o PT”, explicou.
“A maioria da nossa militância entende como importante o apoio e presença do Solidariedade e dele [Paulinho] na coligação com Lula. Queremos que ele esteja conosco nessa caminhada”, disse a dirigente do PT.
M. V.
Paulinho da Força, merece respeito e o fato de ter sido contra a ex Presidente Dilma, não justifica as vaias injustas que recebeu !
A única coisa que não muda de posição é Poste, portanto é preciso aceitar o apoio de Paulinho e de todos os que estiveram em lado oposto nas últimas eleições, pois se o PT, for ficar só na “Pureza” com certeza não conseguirá mais que 30% dos Votos e este percentual não garante a vitória do Lula, aliás não garante vitória de ninguém !