As mentiras de Pazuello e outros depoentes governistas são tantas que o relator da CPI pede urgente o auxílio de uma agência de verificação
O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), pediu para que seja contratada uma agência de verificação para mostrar, com mais rapidez, quando os depoentes estão mentindo ou contradizendo algo que já disseram antes.
A CPI da Pandemia ouviu, na quarta e quinta-feira (19 e 20), o ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, Eduardo Pazuello.
“Nós já tivemos uma primeira amostragem dessas contradições, inverdades e omissões. O depoente, em 14 oportunidades, mentiu flagrantemente. Ousou negar suas próprias declarações. É uma nova cepa o que estamos vendo aqui, é a negação do negacionismo. Negar tudo aquilo que a sociedade conhece, acompanha e se indigna”, declarou Calheiros.
“Nós, desde ontem, estamos tendo um espetáculo nunca antes visto. Em função da necessidade, diante do depoimento cheio de contradições e de omissões do ex-ministro da Saúde, é fundamental essa CPI contratar serviços para fazer uma procura online da verdade, uma varredura das mentiras ou das verdades que estão sendo pronunciadas aqui”, disse Renan Calheiros.
Pazuello mentiu ao dizer que respondeu à Pfizer sobre sua proposta de venda de 70 milhões de doses de vacina, o que já tinha sido negado pelo então presidente da farmacêutica no Brasil, Carlos Murillo, sobre sua atuação na crise sanitária em Manaus e sobre o lançamento do aplicativo TrateCov, que orientava os médicos a darem cloroquina para todos os pacientes com Covid.
“É tripudiar da investigação, da CPI, imaginar que palavras são jogadas ao vento em qualquer circunstância, em qualquer lugar. Nós precisamos que se respeite essa Comissão Parlamentar de Inquérito”, continuou Renan Calheiros.