O ministro Ricardo Lewandowski, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou pedido da campanha de Jair Bolsonaro (PL) para declarar o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, suspeito.
Em sua decisão, o magistrado considerou que a ação buscava apenas “tumultuar o processo eleitoral”.
A polêmica começou após o ministro fazer um gesto que simula uma degola na sessão de terça-feira (27) no plenário do tribunal.
O gesto causou furor entre os apoiadores do presidente, pois os ministros discutiam a decisão que proibiu o chefe do Executivo de usar recursos públicos ilegalmente em sua campanha pela reeleição, fazendo lives eleitorais no Palácio do Alvorada.
Bolsonaro alegou que o gesto de Moraes teria demonstrado “animosidade” e “interesse pessoal” contra ele.
No entanto, como ficou evidenciado, a conduta do ministro não tinha qualquer relação com o tema em julgamento.
Na verdade, o gesto não passou de uma brincadeira direcionada a um assessor, que tinha demorado para entregar uma informação que o ministro pediu.
“Vê-se, assim, que o excipiente vem agora nesta exceção veicular alegações completamente destituídas de fundamentação jurídica e, ademais, desprovidas de qualquer demonstração que indique descumprimento do dever de imparcialidade do indigitado magistrado. Nessas circunstâncias, tenho que o objetivo da presente ação é apenas o de criar um fato político com o reprovável propósito de tumultuar o processo eleitoral”, escreveu Lewandowski.