Uma comitiva da Federação Única dos Petroleiros (FUP) reuniu-se com equipe do governo Lula, nesta quinta-feira (19), para tratar de assuntos referentes à reconstrução da Petrobrás e à recuperação da indústria de óleo e gás, com foco na soberania nacional e no desenvolvimento do país.
Após participarem do encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros com as entidades sindicais, os sindicalistas reuniram-se com a secretária-executiva da Casa Civil, Míriam Belchior, no Palácio do Planalto. Além das questões relacionadas à suspensão e reversão das privatizações no Sistema Petrobrás, também falaram sobre a retomada das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados e a reestruturação de investimentos nos estados do Nordeste e Norte do país.
O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, avaliou as reuniões como “bastante positivas”. “Pautamos assuntos importantes e levantamos um alerta sobre assinatura e fechamento de contratos que, infelizmente a gestão atual da Petrobras ainda tenta dar continuidade”. O sindicalista refere-se aos processos relacionados a venda de ativos da estatal.
De acordo com comunicado da entidade, foi discutida a revisão da Lei das Estatais (13.303/16); o projeto de escoamento de gás natural da Bacia de Santos para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o Rota 3 do pré-sal, os impactos da exploração de petróleo e gás na chamada margem equatorial do litoral brasileiro, entre o Amapá o Rio Grande do Norte; o papel do setor de óleo e gás na reestruturação do Ministério de Minas e Energia; democratização da gestão da Petrobrás, entres outras questões.
Os dirigentes sindicais ressaltaram a importância das lideranças parlamentares e do governo terem um canal permanente de interlocução com os trabalhadores petroleiros, dada a relevância dos projetos legislativos referentes ao setor de óleo e gás.
Bacelar também ressaltou a receptividade do governo para temas fundamentais, como a retomada de processos de investimentos da Petrobrás e a volta do protagonismo da empresa no desenvolvimento do país. “Isso mostra a preocupação da categoria petroleira em debater não apenas temas corporativos, mas também o papel da Petrobrás no crescimento do nosso Brasil”, afirmou.
