PF abre inquérito para investigar crimes do chefe da Secom

O chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten. Foto: Marcos Oliveira - Agência Senado

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten, por tráfico de influência e outros crimes.

A Polícia Federal atendeu o pedido do Ministério Público Federal (MPF) feito na segunda-feira (27/01) da semana passada. Ver MPF pede à Polícia Federal para investigar crimes do chefe da Secom

O chefe da Secom é dono de uma empresa, a FW Comunicação, que recebe de emissoras de TV e agências de publicidade. Por sua vez, elas são contratadas pela própria Secom e por outros órgãos do governo Bolsonaro. Wajngarten é dono de 95% das cotas e sua mãe, Clara Wajngarten, outros 5%.

A PF está investigando Fabio pelos crimes de corrupção passiva, peculato (desvio de recursos públicos feito por funcionário público, para proveito pessoal ou alheio) e advocacia administrativa (patrocínio de interesses privados na administração pública, valendo-se da condição de servidor).

Na campanha sobre a reforma da Previdência, a maior e mais cara feita pelo governo, a Secom rebaixou os contratos com a líder de audiência Globo e passou a favorecer redes de televisão que são suas aliadas e mantém contratos com a FW.

A Record e a Band têm contratos privados com a FW Comunicação. O SBT contratou seus serviços até o primeiro semestre de 2019.

Ao ser contratado para a Secom, Wajngarten omitiu da Comissão de Ética Pública que sua empresa mantinha contratos com redes que seriam contratadas pela secretaria. No relatório apresentado, o secretário não menciona o ramo de atuação da sua empresa e da de familiares.

No documento, obtido pelo jornal Folha de S.Paulo, Fabio Wajngarten se compromete com a “veracidade dos fatos” relatados e se responsabiliza por “possíveis omissões que possam resultar na transgressão de normas que regem a conduta do cargo”.

No documento, Wajngarten foi questionado se exerceu atividades econômicas ou profissionais, nos 12 meses anteriores à ocupação do cargo, em área ou matéria relacionada às suas atribuições públicas.

Respondeu que não, embora fosse sócio da FW desde 2003 e só no dia 15 do mês anterior tenha deixado oficialmente de ser seu administrador (mas permanecendo como sócio majoritário).

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