O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou e a Polícia Federal abordou e questionou, no aeroporto de Brasília, a aeronave particular em que Jason Miller, ex-assessor do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixaria o País, nesta terça-feira (7).
O ex-assessor foi ouvido e, em seguida, liberado.
A ordem de Moraes se deu no âmbito do inquérito que apura a atuação das milícias digitais de Bolsonaro.
Miller é fundador da rede social Gettr, que passou a acolher a extrema-direita após bloqueios e suspensão de contas por parte de plataformas, como Facebook e Twitter.
Após a retenção e ser ouvido pela PF ele se manifestou na internet.
“Nossa partida foi questionada por três horas no aeroporto de Brasília. Depois de ter passado o final de semana na CPAC Brasil, nós não fomos acusados por nenhuma transgressão. Falaram somente que eles ‘queriam conversar’. Informamos que não tínhamos nada a dizer. Fomos liberados para voar de volta para os EUA. Nosso objetivo de compartilhar o discurso livre pelo mundo continua!”, publicou.
Ao lado de Miller viajava Matthew Tyrmand, um dos diretores do Veritas, projeto que se propõe a filmar jornalistas com câmeras escondidas na tentativa de expô-los.
Eles estiveram no país nos últimos dias e participaram da CPAC Brasil, congresso da direita conservadora organizado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Eles também se reuniram com Jair Bolsonaro e com os filhos dele no Palácio da Alvorada.
No Twitter, Tyrmand falou sobre o episódio na pista do aeroporto de Brasília.
“Sendo detido no aeroporto de Brasília. Sentado na pista enquanto Jason Miller está sendo interrogado por antibolsonaristas da Suprema Corte”, escreveu.