Política de Segurança à moda Bolsonaro: overdose de barbárie

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), quando a tropa entoou: "arranca a cabeça/ e deixa pendurada/ (...)/ pena de morte à moda brasileira" (foto: Marco Santos/Governo do Pará)

Em 31 de julho, dois dias depois do massacre que deixou 58 mortos – 16 decapitados – no presídio de  Altamira, sudoeste do Pará, a Rotam, tropa de elite da Polícia Militar, apresentou ao governador Hélder Barbalho um hino comemorativo aos seus 13 anos de existência:

“O batalhão é combatente

arranca a cabeça 

e deixa pendurada

É a Rotam patrulhando

a noite inteira

Pena de morte à moda brasileira”

Diante do libelo anticivilizatório, o governador não tugiu nem mugiu. O vídeo de um minuto que circula pelas redes sociais, registrando a ocorrência, é chocante, porém bastante esclarecedor.

Em nota, a Polícia Militar informou que a macabra canção não deve ser considerada como um hino oficial. Não disse – porque não era preciso – que em tempos de Bolsonaro o certo é considerá-la um hino oficial “à moda brasileira”.  Assim como incendiar a mata amazônica para promover o desflorestamento também é uma política ambiental “à moda brasileira” pois a Lei não permite que ela seja assumida como política ambiental oficial.

Não é surpresa que a rejeição a essa aberração que pretende se passar por governo já tenha ultrapassado a aprovação em mais de 10 pontos percentuais. E estamos somente há oito meses da posse.

(SÉRGIO RUBENS)

https://https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2023/07/Batmovel-1.jpg.com.br/pms-defendem-arrancar-cabecas-e-governador-do-para-ouve-calado/

Assista ao vídeo

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