Presidente do Senado alegou razões de segurança, mas os senadores querem manter as atividades virtuais para debater as manifestações bolsonaristas golpistas desta terça-feira (7) contra o STF e o Congresso Nacional
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), por razões de segurança, cancelou, nesta terça-feira (7), as sessões remotas e presenciais de quarta e quinta-feira (9) da Casa.
Todavia, muitos senadores querem que a tribuna virtual seja mantida para que possam se manifestar, inclusive sobre as manifestações desta terça-feira.
Há, de fato, certo clima de insegurança. Na Esplanada dos Ministérios, em particular, o gramado do Congresso Nacional ainda está infestado de bolsonaristas, que devem permanecer por ali pelos próximos dias.
Assim, a atitude prudente do presidente do Senado e do Congresso faz todo sentido. Inclusive porque mais manifestações pró-Bolsonaro estão programadas para quarta-feira na Esplanada dos Ministérios.
A Polícia Militar do DF informou que, por isso, o trânsito vai permanecer bloqueado na área.
A previsão é que a manifestação desta quarta-feira reúna em torno de 10 mil pessoas. Números extraoficiais apontam que nesta terça-feira havia entre 100 e 150 mil na Esplanada. O governo esperava algo em torno de 2 milhões de manifestantes.
AGENDA DO SENADO
Em razão do feriado nacional desta terça-feira estavam agendadas poucas atividades no Senado entre quarta e quinta-feira.
Estava previsto para quarta-feira, por exemplo, audiência pública no âmbito da Comissão da Covid-19, com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que iria falar sobre o PNI (Plano Nacional de Imunização) contra a pandemia.
AGENDA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
A agenda da Câmara dos Deputados tem mais pautas que a do Senado, que foi cancelada. Além de algumas comissões, no plenário da Câmara está pautado para votação, o projeto do novo Código Eleitoral.
Diante da decisão do presidente do Senado, é provável que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também cancele as atividades agendadas para esta semana.
M. V.