Em petição entregue hoje (5) ao senador Rodrigo Pacheco, eles pedem a “apuração de possível motivação viciada e vício de finalidade, desconectada dos acontecimentos fáticos precedentes que levaram o Banco Central do Brasil a manter a taxa de juros em 13,75%”
Presidentes de seis partidos e lideres do PT, PV, MDB, PSD, Psol, PSB, PDT, PC do B e Rede na Câmara dos Deputados entregaram uma petição ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), nesta quarta-feira (5), que requisita a instauração de um “procedimento apuratório” para investigar a política monetária do Banco Central (BC) e a demora do presidente Campos Neto em reduzir a taxa de juros, mantida em 13,75% ao ano, impondo “a maior taxa de juro do mundo”, “mesmo diante de um cenário concreto de deflação e favorável a redução da taxa de juros”.
.”[..] as justificativas apresentadas para tal manutenção atrelam-se a uma conservadora política econômica que ignora as favoráveis quedas inflacionárias dos últimos meses, bem como omite-se do efeito negativo da alta taxa de juros, impondo uma desaceleração da economia e manutenção da retração da atividade empresarial, criação de empregos e qualidade de vida dos brasileiros, fatores que foram utilizados pelo COPOM para justificar a manutenção da taxa de juros”, diz o documento assinado pelos presidentes Gleisi Hoffmann (PT), Carlos Siqueira (PSB), José Luiz Penna (PV), Luciana Santos (PCdoB), Heloísa Helena (Rede) e Juliano Medeiros (Psol). Também assinam a petição os líderes do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), do PDT, André Figueiredo (CE), e Jandira Feghali do PCdoB, dentre outras parlamentares.
No documento, eles pedem “a apuração de possível motivação viciada e vício de finalidade, desconectada dos acontecimentos fáticos precedentes que levaram o Banco Central do Brasil a manter a taxa de juros em 13,75%, requisitando-se explicações técnicas, provisões concretas e demonstrações acerca da legalidade, motivação, impessoalidade e eficiência da política adotada”.
E ainda, a “apuração de eventuais responsabilidades do atual Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, no que se refere à demora e ao não cumprimento adequado do controle da inflação, do emprego e desenvolvimento econômico e social”.
Segundo os parlamentares, Rodrigo Pacheco se comprometeu a submeter o pedido ao setor jurídico do Senado e informou que pretende fazer nova convocação a Campos Neto para dar explicações aos senadores em 3 de agosto.
Para a deputada Gleisi Hoffman, presidente do PT, “a política de juros está viciada, equivocada, e manter a taxa de juros em 13,75% é um erro”.
Leia aqui a petição da íntegra
