Aposentados, trabalhadores da ativa e sindicalistas realizaram, na manhã desta sexta-feira (28), uma manifestação contra o plano de Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, de deixar de corrigir o salário mínimo e a aposentadoria pela inflação do ano anterior. O ato foi organizado pelo Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (SindNapi), com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e das centrais sindicais.
Com faixas com dizeres “salário mínimo digno é vacina contra a miséria”, a atividade começou por volta das 8h em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, no bairro da Liberdade, e seguiu até a sede do SindNapi, no centro histórico de São Paulo. Segundo os organizadores, aproximadamente mil pessoas participaram da manifestação.
Em quatro anos de governo Bolsonaro, o salário mínimo não recebeu qualquer ajuste acima da inflação, ou seja, não teve ganho real. De acordo com o sindicato, a proposta do governo faria com que 70% dos aposentados e pensionistas tivessem seus rendimentos ainda mais achatados e corroídos pela inflação.
“Isso é inaceitável”. “O impacto negativo de uma medida insensata como esta impactaria negativamente 56 milhões de brasileiros e suas famílias, que têm seus rendimentos atrelados ao salário mínimo”, afirma a entidade.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, afirmou que o ato foi feito em defesa da democracia da valorização do salário mínimo e dos benefícios previdenciários e assistenciais.