Repete a máxima de Pazuello de que “o chefe manda e eu obedeço”. Ministro afrontou legislação em programa no canal Terça Livre, cujo dono é procurado pela PF por espalhar diariamente fake news contra a ciência
Depois do escandaloso parecer da subprocuradora bolsonarista, Lindora Araújo, que, para agradar Bolsonaro, afirmou não haver estudos conclusivos sobre os benefícios do uso de máscara na redução da circulação do vírus na pandemia, agora é a vez do ministro Marcelo Queiroga falar besteira.
E não foi em qualquer lugar que ele disse isso. Ele deu uma entrevista ao canal miliciano “Terça Livre”, cujo dono é processado pela Polícia Federal por espalhar mentiras e ataques às instituições democráticas.
Ele, o ministro da Saúde, que deveria ser o primeiro a contestar – baseado num sem número de trabalhos que comprovam a eficácia da máscara na retenção do vírus – o argumento infundado da procuradora, também disse que é contra o uso obrigatório de máscara. O motivo do ministro é exatamente o mesmo dela, ou seja, bajular Bolsonaro que se recusa a usar máscara e critica quem usa.
“Nós somos contra essa questão de obrigatoriedade (do uso de máscara)”, afirmou ele. “O Brasil é um País que tem muitas leis e as pessoas, infelizmente, não as observam. O uso da máscara tem de ser um ato de conscientização”, disse Queiroga. A mesma conscientização que não é feita pelo governo.
A campanha que Bolsonaro faz diariamente é contra o uso de máscara. Foi por isso que o caso estava sendo analisado pela Procuradoria-Geral da República. Ele chegou a tirar a máscara de uma criança no seu colo em uma de suas aglomerações. Partidos entraram com uma ação contra a medida que afronta as leis.
Segundo estudos científicos, a máscara é importante tanto para quem usa quanto para quem está ao redor. Desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro promove aglomerações e, rotineiramente, não usa a proteção no rosto. Chagou a chamar de “maricas” quem usa a proteção. O presidente já foi multado mais de uma vez, em São Paulo e no Maranhão, pela falta do equipamento.
Mas, Bolsonaro não é contra só ao uso de máscara. Ele sabotou a compra das vacinas. Atacou todas as vacinas, disse que elas eram ineficazes, causariam doenças e até mortes, e se recusou a ser vacinado. Só começou a se preocupar com vacinas quando o governador de São Paulo, João Doria, saiu na frente e marcou data para começar a vacinar a população do Estado. Ele também foi contra o distanciamento social, medida preconizada em todo o mundo.
Não só isso. Ele não se contentou em atrapalhar as medidas de combate à circulação do vírus, em combater as vacinas e as máscaras. Ele defendeu o uso de medicações sem nenhuma comprovação científica para o tratamento da Covid-19. Gastou dinheiro público na compra de cloroquina enquanto sabotava a compra das vacinas. Até hoje ele segue defendendo e praticando o charlatanismo de preconizar o uso dessas drogas. Ele demitiu ministros que discordavam de seu negacionismo e, agora, parece ter enquadrado o atual ministro da Saúde.
O Brasil poderia ter evitado mais de 400 mil mortes por Covid-19 se tivesse adotado a média dos cuidados adotados pelos demais países do mundo.
Esta é uma avaliação feita pelo epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas.
Segundo o especialista, não fosse a criminosa sabotagem de Bolsonaro ao combate à pandemia, o Brasil poderia ter salvo centenas de milhares de vidas.
O país é hoje o segundo do mundo em número absoluto de mortes, perdendo apenas para os Estados Unidos. Já nos aproximamos de 600 mil mortes. Boa parte delas fruto da ignorância e das sabotagens de Jair Messias Bolsonaro.
de um estúpido como queiroga não se pode esperar outra coisa.