“Tenho certeza que as Forças Armadas estarão ao lado do povo brasileiro na nossa luta por uma nova independência, como estiveram em momentos importantes da nossa história”, acrescentou o pré-candidato
“O Brasil independente e soberano que queremos não pode abrir mão de suas Forças Armadas. Não apenas bem equipadas e bem treinadas, mas sobretudo as Forças Armadas comprometidas com a democracia”, disse o ex-presidente Lula, em ato na Arena Fonte Nova, em Salvador, Bahia, pela passagem do “2 de Julho”, dia da vitória na batalha de Pirajá (bairro da periferia de Salvador), da Independência Nacional.
“Tenho certeza que as Forças Armadas estarão ao lado do povo brasileiro na nossa luta por uma nova independência, como estiveram em momentos importantes da nossa história”, acrescentou o presidenciável da federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) em coligação com PSB, Rede, PSOL e Solidariedade.
O ex-presidente estava acompanhado do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidato a vice em sua chapa e defendeu o processo democrático. Ele criticou Bolsonaro e disse a desconfiança dele não é da urna, mas sim do povo brasileiro. Lula disse também que as FFAA devem estar comprometidas com a democracia e “devem cumprir o que está na Constituição”.
“É preciso superar o autoritarismo e as ameaças antidemocráticas. Não toleraremos qualquer espécie de ameaça ou tutela sobre as instituições representativas do voto popular”, prosseguiu o pré-candidato.
Acompanhavam também Lula no palanque o senador Otto Alencar (PSD-BA), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), o ex-secretário de Educação do governo do Estado Jerônimo Rodrigues, candidato da frente democrática ao governo baiano, e Geraldo Júnior (MDB), indicado ao posto de vice na chapa de Rodrigues.
Lula também fez comentários sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada nesta semana pelo Senado que cria e amplia benefícios sociais dirigidos para alguns setores, entre eles o “Pix Caminhoneiro” de mil reais mensais e o aumento de R$ 400 para R$ 600 do Auxílio Brasil, só até o final de dezembro deste ano.
Na avaliação do ex-presidente, os beneficiários da chamada “PEC das Bondades” deveriam “pegar todo o dinheiro” e não votar em Bolsonaro nas eleições de outubro – Lula lidera as pesquisas eleitorais. “Eu queria dizer para ele [Bolsonaro] o que o povo baiano está dizendo para ele: ‘Bolsonaro, aprove as suas leis, porque a gente vai pegar todo o dinheiro que você mandar, mas a gente não vai votar em você”.
Lula disse que os baianos estão dizendo que vão votar “em outras pessoas’. “Porque o dinheiro que ele está dando agora é só até dezembro”, afirmou o ex-presidente. Pesquisa Datafolha divulgada no final do mês maio apontou que 59% dos beneficiários do Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família, prefere Lula. Entre os eleitores que recebem o benefício, 20% votam no atual mandatário do país.