Falando em uma sabatina com candidatos a prefeito de Recife, nesta terça-feira (6), João Campos (PSB), da coligação Frente Popular do Recife, que reúne 12 partidos, afirmou que a desigualdade social é o que mais o incomoda no Recife.
“Esse é um desafio que não é só da nossa cidade. Esse também é o maior desafio do nosso país. Quero ser prefeito para combater a desigualdade social”, afirmou o candidato, que lidera as pesquisas de intenções de voto na capital pernambucana.
O debate foi organizado pelo Movimento Atitude, formado por um grupo de empresários apartidários, interessados em discutir ideias e propostas para a melhoria da cidade e do estado.
Para João Campos, uma das principais questões a serem enfrentadas é a educação. Segundo o candidato, o foco na qualificação profissional para geração de emprego e renda e a atenção às crianças desde a creche para combater a desigualdade social são as suas prioridades.
“Isto não estará apenas no nosso discurso, mas estará na nossa prática, como nós já mostramos que sabemos fazer. A educação é o instrumento mais poderoso para poder consolidar as transformações que o Recife precisa e merece”.
Consciente do desafio para implementar uma educação de qualidade, João Campos afirmou que “o prefeito do Recife tem que ser agregador, tem que dialogar com todos os setores e buscar soluções conjuntas.”
“Na educação, temos que aumentar e muito o número de creches na cidade. Mais do que isso, a Prefeitura do Recife não fará isso sozinha. Alfabetização na idade certa, como venho dizendo, também é o nosso foco”, afirmou.
“Creche é um desafio do Brasil, onde existe um déficit de 1,7 milhão de vagas. Aqui, no Recife, nós temos prioridades em relação às creches e à alfabetização na idade certa”, complementou.
Durante a sabatina, o candidato também discorreu sobre temas como mobilidade urbana, defendendo a importância da “engenharia de tráfego, o urbanismo tático e a aproximação das pessoas e suas moradias com os ambientes de trabalho.”
Sobre moradia, João Campos destacou o enorme desafio, citando o déficit habitacional de Recife, que “é de 75 mil casas”.
O candidato criticou a falta de uma política, no Brasil, de “habitação continuada”. A gente precisa verticalizar a habitação de interesse social. Estamos estudando essa possibilidade”, afirmou.
João Campos também defendeu a valorização do funcionalismo e do serviço público: “Temos que tornar o estado mais eficiente, mas isso não quer dizer ter menos estado”.
“A experiência que tive compondo o secretariado no Governo me ajudou a entender o funcionalismo público. Mas a experiência no Parlamento ainda me trouxe a experiência da articulação para juntar muita gente em torno de um objetivo comum”, afirmou.