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Reajuste depende, segundo a futura ministra do governo Lula, de condições orçamentárias. Mas é um dos temas que ela reputa como urgente à frente da pasta para viabilizar a pesquisa
A futura ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, anunciada na última quinta-feira (22), quer repor as perdas inflacionárias das bolsas públicas para pesquisas científicas, congeladas desde 2013. Mestrandos recebem R$ 1,5 mil. Doutorandos, R$ 2,2 mil.
A nova ministra vai tomar posse dia 2 de janeiro, um dia após a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A recomposição total do período aumentaria em cerca de 70% os valores pagos hoje aos pesquisadores com bolsas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
CONDIÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
O reajuste depende, segundo a futura ministra do governo Lula, de condições orçamentárias, mas é um dos temas que ela reputa como urgente à frente da pasta para viabilizar a pesquisa.
“Temos como referência o reajuste inflacionário do período todo, mas são decisões que vão ser colocadas dentro do contexto global do orçamento”, disse Luciana Santos.
Presidente do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos disse que o principal desafio dela no ministério vai ser “restaurar a pujança do sistema nacional de ciência e tecnologia”, porque esse foi “depredado e descontruído” nos últimos 4 anos de gestão, ou falta de gestão, no governo derrotado do presidente Jair Bolsonaro (PL).
QUEM É LUCIANA SANTOS
A atual vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, vai comandar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações a partir de janeiro de 2023. Ela é formada em engenharia elétrica pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), tem 56 anos e é presidente nacional do PCdoB.
A legenda participou da federação com PT e PV para campanha de Lula nas eleições deste ano. A trajetória política da futura ministra é longa. Ela já foi eleita deputada estadual (1997-2000) e federal (2011-2018). Na Câmara dos Deputados, Luciana integrou as comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Desenvolvimento Urbano; e de Cultura.
Além disso, foi prefeita de Olinda (PE) por dois mandatos (2001-2008). Também atuou como secretária estadual de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, no governo de Eduardo Campos, entre 2009 e 2010. Em 2018, Luciana foi a primeira mulher a ser eleita vice-governadora de Pernambuco, no governo de Paulo Câmara (PSB).
Após ter nome anunciado por Lula, ela afirmou que uma das prioridades da pasta será reajustar as bolsas para pesquisas científicas.
O ex-astronauta Marcos Pontes (PL) foi o responsável pela pasta durante o governo Bolsonaro. Pontes foi eleito senador por São Paulo no pleito deste ano. Após a renúncia dele para disputar a eleição, a pasta foi comandada por Paulo Cesar Alvim.
M. V.