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O deputado estadual bolsonarista Anderson Moraes (PSL-RJ) protocolou um Projeto de Lei (PL) que prevê a extinção da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), nesta terça-feira (25).
“Protocolamos projeto de lei que dispõe sobre a extinção da Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ – e a transferência da oferta de vagas à instituições privadas”, disse o parlamentar fluminense em suas redes sociais.
O deputado justifica seu pedido criticando um “aparelhamento ideológico de viés socialista na universidade” que seria custeado por meio do investimento público usado para sustentar a Universidade.
O argumento é o mesmo do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, de que se pratica balbúrdia nas Universidades públicas, usado para justificar o corte de mais de 30% do orçamento da Educação, em 2019.
Assim como no caso de Weintraub, o PL de Anderson Moraes nada mais é que uma tentativa de resposta às críticas e protestos feitos pelo movimento estudantil da UERJ contra a sabotagem do governo Bolsonaro às medidas de combate a pandemia.
Em vídeo compartilhado em sua conta no Twitter, Anderson arranca uma faixa no Campus da Universidade que tinham os dizeres “Vacina no braço, comida no prato. Contra a destruição dos serviços públicos. Fora Bolsonaro e Mourão”. Em seguida, o parlamentar direciona seu ódio aos seguranças da unidade e tenta coagir os trabalhadores.
Na legenda de publicação do vídeo, escreveu Moraes: “vagabundos! Não podemos mais aturar essa ‘balbúrdia’ nas Universidades Públicas, quantas placas contra o Presidente colocarem eu vou tirar!”.
Esse é o mesmo deputado que alega nas justificativas do projeto que as aulas na universidade têm “uma clara censura ao pensamento acadêmico de outras linhas de visão de mundo” e que, aqueles que “pensam de forma contrária”, sofrem “agressão física e verbal”.
Anderson Moraes é um dos parlamentares que saiu em defesa de Daniel Silveira, que está em prisão domiciliar por ter ameaçado os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em vídeo publicado nas redes sociais no começo do ano.
Anderson chamou de “críticas” as ameaças feitas por Daniel, defensor e apologista do AI-5, instrumento de repressão utilizado durante a ditadura civil-militar (1964-1985).