O sindicato dos roteiristas dos Estados Unidos (WGA)) e representantes dos grandes estúdios de Hollywood, agrupados na Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP), voltaram a se reunir na sexta-feira (18) para discutir acordos trabalhistas no âmbito de uma greve sindical que já dura 110 dias.
Conforme noticiado pelo site especializado Variety, as partes se reuniram várias vezes durante os últimos quatro dias, embora não tenham conseguido ainda resolver os pontos mais polêmicos das demandas dos roteiristas que exigem maiores salários e que o cálculo para fins de pagamentos relativos a direitos autorais sejam adequados à nova realidade dos streamings. As negociações continuarão na próxima semana.
Os estúdios se recusam a atualizar o cálculo desses valores, que ainda é feito na lógica já ultrapassada das séries que eram produzidas para serem transmitidas na TV aberta e não nos streamings como Netflix, Disney+ e outros, assinalou o WGA.
“Obrigado por todas as mensagens de apoio e solidariedade enquanto falamos com a Alliance. Como sempre, desconfie de boatos de terceiros, sabendo que o sindicato comunicará quando acreditar que há algo significativo a relatar”, disseram as autoridades sindicais a seus membros em um e-mail divulgado à mídia.
PRODUÇÕES PARADAS
O conflito ocorre concomitantemente com outra greve de grande peso para o setor, como a que atores e atrizes de Hollywood realizam desde 14 de julho.
Como consequência da paralisação de ambas as atividades, inúmeros projetos em diferentes estágios de desenvolvimento tiveram que ser adiados e, em alguns casos, até cancelados.
Nas últimas horas, portais norte-americanos como a CNN anunciaram que duas produções que já tinham sinal verde para uma segunda temporada na plataforma Amazon Prime Video, como a história de ficção científica “A periferia” e a comédia “Uma liga muito especial”, finalmente não terão continuidade.
