O Fundo Russo de Investimento Direto (RFPI, na sigla original) anunciou nesta segunda-feira (15) que a vacina Sputnik V, contra a Covid-19, também será produzida em parceria com empresas da Espanha, França e Alemanha. A iniciativa se dá após a confirmação, na semana passada, de uma parceria com a Itália, envolvendo a RFPI e a empresa farmacêutica Adienne Pharma & Biotech. O processo comum aguarda a homologação da União Europeia (UE).
A comunicação vem depois da Agência Europeia de Medicamentos (EMA na sigla em inglês), o órgão sanitário da UE, começar uma revisão da vacina russa, processo iniciado há duas semanas, findo o qual a Sputnik V poderá ser aplicada aos europeus.
“Atualmente, há outras conversas em curso para aumentar a produção na UE. Isso permitirá começar a abastecer o mercado único europeu com a Sputnik V, assim que a Agência Europeia de Medicamentos aprovar”, afirmou o presidente do Fundo, Kirill Dmitriev.
As autoridades russas declararam que estariam prontas para fornecer vacinas a 50 milhões de europeus já a partir de junho. Dmitriev acrescentou que a Rússia também está pronta para “iniciar o fornecimento de países da UE que autorizem a Sputnik V independentemente da EMA, como já fez a Hungria.
De acordo com os cientistas russos, a parceria permitirá criar novos empregos, além de controlar totalmente o processo de produção do medicamento. Apenas com a Itália, está prevista a produção de dez milhões de doses até o final do ano.
O desenvolvimento da vacina Sputnik V foi entregue a instituições estatais e é considerado por Moscou como um sucesso histórico do país. A Sputnik V foi registrada na Rússia em agosto de 2020, sendo o primeiro imunizante no mundo a receber aprovação. A vacina obteve resultados de eficácia acima de 91%, estando entre os imunizantes com maior eficiência demonstrada em ensaios clínicos.
A escolha do nome é altamente simbólica, homenageando o primeiro satélite colocado em órbita pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1957.
