Dia da Reunificação “foi a escolha de milhões de residentes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, e das regiões de Zaporozhye e Kherson”, afirmou o presidente da Federação Russa
“Há um ano, em 30 de setembro, ocorreu um evento decisivo e verdadeiramente histórico quando foram assinados acordos para incorporar quatro novas entidades constituintes na Federação Russa”, afirmou neste sábado o presidente Vladimir Putin, comemorando “a escolha que milhões de residentes das regiões de Donbass, Kherson e Zaporozhye fizeram de estar com a sua Pátria”.
Ao felicitar todos os cidadãos por ocasião do Dia da Reunificação das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, e das regiões de Zaporozhye e Kherson com a Rússia, Putin fez questão de sublinhar que esta foi uma ”decisão consciente, há muito esperada, duramente conquistada e genuinamente popular”.
REFERENDO “SEGUNDO AS NORMAS INTERNACIONAIS”
Como o líder russo ressaltou, esta posição foi “tomada coletivamente através de referendos em total conformidade com as normas internacionais”.
“As pessoas demonstraram coragem e integridade face às tentativas de intimidação e privá-las do seu direito de determinar o seu próprio futuro, o seu destino, e de tirar algo que cada pessoa valoriza, nomeadamente, a cultura, as tradições e a língua materna”, esclareceu. Numa palavra, tudo o que era odiado pelos pseudo-nacionalistas e pelos seus “patronos ocidentais que orquestraram um golpe em Kiev em 2014 e depois desencadearam uma guerra civil em grande escala e terror contra dissidentes, além de bloqueios organizados, bombardeamentos constantes e ações punitivas em Donbass”.
De 23 a 27 de setembro de 2022 foram realizados referendos sobre o ingresso dessas regiões na Federação Russa. A ampla maioria dos eleitores – 99,23% na República Popular de Donetsk; 98,42% na República Popular de Lugansk; 93,11% na província de Zaporizhia e 87,05% na província de Kherson – apoiou a ideia de unir essas regiões com a Rússia. A participação nas urnas foi: 97,5% na República Popular de Donetsk; 92,6% na República Popular de Lugansk; 85,4% na província de Zaporizhia e 76,9% na província de Kherson e expressou o desejo da população de se libertar do regime de Kiev, instaurado em 2014.
RECONSTRUÇÃO NACIONAL
Na oportunidade, o presidente sublinhou o compromisso de Moscou com a reconstrução de todas as cidades e vilas danificadas pelos combates, bem como o desenvolvimento das empresas, infraestrutura e sistemas de atenção sanitária para toda a população. Putin também assegurou que as autoridades farão todo o possível para que os moradores dos novos territórios “sintam o apoio de todo o povo russo”.
Putin lembrou que em 1991 as elites decidiram dissolver a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) sem consultar a vontade dos cidadãos, o que “se tornou um desastre nacional”. Segundo o chefe de Estado, os últimos líderes da URSS arruinaram o país e colocaram o povo diante do fato consumado. “E da noite para o dia, as pessoas se viram desconectadas de sua terra natal. Isso rasgou nossa unidade nacional e se transformou em uma catástrofe nacional”, lamentou.
O chefe de Estado comprometeu-se a proteger os territórios do país “com todas as forças e meios disponíveis”. “E faremos todo o possível para que nosso povo viva com segurança. Esta é a grande missão libertadora de nosso povo”, concluiu.