Sete partidos e 400 entidades entregaram nesta quinta-feira (21) o 35º pedido de impeachment na Câmara contra Bolsonaro. Agora, a petição aguarda, junto com as demais, a apreciação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
O líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou, na quarta-feira (20), em sessão remota, uma dia antes da entrega do documento pedindo o impedimento, que não faltam motivos para o impeachment de Jair Bolsonaro.
“O Collor caiu por causa de um Fiat Elba, a Dilma caiu porque inventaram uma tal pedalada fiscal. E esse governo já cometeu, só nas minhas contas, mais de vinte crimes de responsabilidade. E o Congresso, não vai fazer nada? O Congresso não pode se silenciar frente frente a isso, o que está em jogo não é partido A ou partido B, é a democracia”, disse Guimarães.
Ele afirmou isso apesar de avaliar, como fez em reunião da direção do PT em 23 de abril – evento que lançou uma campanha pelo impeachment de Bolsonaro – que “nesse momento, Bolsonaro não seria cassado pelo Congresso porque haveria divisão de votos entre os que são a favor e contra o impeachment, o que livraria o presidente”. Assim mesmo, o PT decidiu pelo lançamento da campanha e Guimarães concordou.
Nesta quinta-feira (21/05), o PT e mais seis partidos políticos, acompanhados de 400 entidades do movimento social, protocolaram um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. O documento entregue à Câmara acusa o presidente de cometer crimes de responsabilidade, atentar contra a saúde pública e arriscar a vida da população. Além do PT, assinaram o documento o PSOL, PCdoB, PCB, PCO, PSTU e UP e as 400 entidades, entre elas o MTST e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.
Os partidos argumentam que o presidente cometeu crime de responsabilidade ao discursar contra o STF, ao convocar empresários para uma “guerra contra os governadores” à frente da pandemia do coronavírus e incitar a sublevação das Forças Armadas contra a democracia além de pronunciamentos e atos durante a pandemia que caracterizam crimes contra a saúde pública. “Bolsonaro não tem condições de continuar governando o Brasil”, disse Gleisi Hofmann, presidente do PT.
Este é o trigésimo sexto pedido de impeachment que chega à mesa diretora da Câmara Federal. Há, portanto, uma fila enorme de pedidos de impeachments de Bolsonaro que poderão ser analisados pelo deputado Rodrigo Maia (DEM), quando a hora chegar.
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