O ex-presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo (PL), escreveu em seu perfil de Twitter sobre sua saída da instituição para disputar uma vaga como deputado federal nas eleições de outubro. “Chora, negrada vitimista”, declarou.
Na publicação, ele segue sua afronta ao movimento negro e diz: “Sou o terror dos afromimizentos e libertei e Palmares kkk. A batalha continuará na Câmara Federal”.
Camargo foi nomeado para a presidência da Fundação Cultural Palmares em 27 de novembro de 2019.Nas redes sociais, diz que é “antivitimista, inimigo do politicamente correto e livre”.
Durante sua gestão na fundação, fez ataques à memória, cultura e população negra. Sérgio Camargo já disse que não existe racismo estrutural no Brasil, sugeriu que negros deveriam cortar o cabelo. Ele ainda excluiu nomes da lista de Personalidades Negras da Fundação Palmares e queria doar todas as obras que considera como uma suposta “dominação marxista”.
Sua gestão à frente do órgão se tornou alvo de investigação pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), depois de acusações de que ele teria condicionado a permanência de servidores na Palmares à “deduragem de esquerdistas”.
Por causa da investigação, em outubro, foi afastado da gestão de pessoas da fundação e proibido de fazer qualquer alteração de pessoal.
