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Em assembleia realizada nesta sexta-feira (08) servidores da educação municipal de São Paulo decidiram rejeitar a proposta de 2,16% de reajuste apresentada pelo prefeito Ricardo Nunes e dar continuidade à greve da categoria deflagrada no dia de ontem. Convocados pelo Sinpeem, Sedin e Sinesp, que compõem a Coordenação das Entidades Sindicais Específicas (Coeduc), centenas de profissionais de educação reunidos em frente à Câmara Municipal disseram não ao prefeito.
Um dos pontos rejeitados pelos profissionais é a política de remuneração por subsídio, proposta por Nunes, que retira direitos e destrói a carreira dos servidores. A categoria também exige o fim do confisco previdenciário e é contra o aumento de apenas 3,62% sobre os pisos salariais, conforme propõe a prefeitura.
“Analisamos as respostas dadas pelo governo às nossas reivindicações e consideramos insatisfatórias, portanto, rejeitamos. Não incorpora, conforme nós queremos, os abonos complementares (39%) e não propõe nada contra o confisco previdenciário”, explica Cláudio Fonseca, diretor do Sinpeem.
“Então nós rejeitamos a proposta, decidimos dar continuidade à luta e vamos realizar nova manifestação na quarta-feira (13)”, completou.
“Os sindicatos que compõem a Coeduc atuam para encerrar a campanha (salarial) com definição do reajuste e outros pontos da pauta de reivindicação até abril, porque 2024 é um ano eleitoral, o que impõe resoluções antecipadas pelo governo em relação a salários e benefícios dos servidores públicos”, explica o Sinesp em sua página na internet.
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Por sua vez, Claudete Alves, presidente do Sedin, também reitera a defesa da carreira e critica a proposta de subsídio. “Temos que defender a carreira da educação. Nós, sindicato específico da educação, não vamos abrir mão da nossa carreira, que acaba (remuneração por subsídio) com quinquênio, 6ª parte, evolução e nos deixa não mãos de qualquer que seja o governo”, alerta.
Além da intensa chuva que caiu sobre São Paulo nesta sexta-feira, os manifestantes também enfrentaram dificuldades com a polícia, que não permitiu que o carro de som acompanhasse a caminhada até à avenida Paulista para o ato em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
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“A PM tentou impedir a caminhada pacífica de profissionais da educação, mulheres com crianças, muitas aposentadas que são exemplos de luta, tiveram que caminhar sob o olhar desdenhoso e hostil de centenas de PMs”, denunciou Célia Cordeiro, diretora do Sindicato.
A passeata também não foi impedida de acontecer porque Fonseca conseguiu negociar com a Polícia Militar a liberação da pista para a movimentação dos manifestantes.
Após os incidentes, os profissionais de educação conseguiram se juntar a vários movimentos sociais em homenagem à Mulher, que teve palavras de ordem contra o preconceito, a misoginia, a violência, em defesa da igualdade de direitos e contra o massacre de palestinos por Israel.
A manifestação e assembleia da próxima quarta para avaliar o movimento e sua continuidade estão previstas para acontecer às 14h, em frente à Prefeitura, no Viaduto do Chá, com caminhada até à Câmara dos Vereadores, no viaduto Jacareí, na capital paulista.
OS PROFESSORES QUE CUIDAM DA CULTURA DESSE PAÍS DEVEM SER MAIS VALORIZADOS E RESPEITADOS SÃO ELES QUE CRIAM OS PROFISSIONAIS DO AMANHÃ MERECEM CONSIDERAÇÃO E VALORIZAÇÃO!!!