O secretário estadual de Fazenda do Rio de Janeiro, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, afirmou que não haverá reajuste para os servidores estaduais, nem, ao menos, a reposição da inflação.
O secretário afirmou que o arrocho nos salários dos servidores se dará porque a prioridade do governo, chefiado por Wilson Witzel (PSL), é pagar os empréstimos realizados com a União, com garantia da privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE). O “acordo” é parte do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) assinado pelo governo do Estado.
“Ainda não há no horizonte nenhuma expectativa de que isso aconteça (reajuste da inflação), principalmente porque temos que resolver duas questões no fim do ano de 2020: o pagamento de duas dívidas, que são o empréstimo que tem a Cedae como garantia e o serviço da dívida com a União. Não há hipótese de não pagar o empréstimo da Cedae no fim do ano. Esses dois pagamentos somados dão mais de R$ 6 bilhões”, disse Luiz Claudio, em entrevista ao jornal carioca “Extra”.
“Em algum momento, a agenda relacionada ao servidor público vai chegar também”, disse o secretário. Enquanto isso os trabalhadores que se virem.
Questionado sobre os salários dos servidores da saúde, que enfrenta grave crise no estado, e não veem movimentos do governo para solucioná-la, o secretário admitiu que é “uma decisão política” do governador de não reajustar o pagamento. “Os recursos são finitos, não há recursos para tudo”, disse Luiz Claudio, demonstrando que saúde não é prioridade para Witzel.
