“A situação de emergência que vivemos hoje pede a mais ampla, geral e irrestrita frente de todos os democratas do país”, afirmou o ex-candidato a presidente Ciro Gomes, durante uma live realizada no último sábado, 20.
O debate, organizado pelo presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, reuniu Ciro Gomes (PDT), o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) e o senador Jacques Wagner.
No encontro virtual os líderes políticos falaram sobre o grave momento em que o país atravessa com a crise do coronavírus, e debateram quais os caminhos de enfrentamento às ameaças à democracia praticadas por Bolsonaro.
Para Ciro Gomes, temos hoje três emergências exige a construção de uma frente ampla nos país. “Proteger vidas, exigir o cumprimento dos protocolos da OMS, isolamento social, testagem em massa, ]habilitação das estruturas para enfrentamentos dos casos mais graves, garantir a estrutura necessária”, defendeu Ciro.
“A segunda emergência é a questão do desmonte da economia brasileira. As projeções falam de uma queda em torno de 9% e 11 % da economia brasileira. E 90 dias após o início da pandemia, o crédito não chegou às empresas. Uma montanha de dinheiro foi transferia aos bancos, enquanto o Brasil pode estar chegando a 20 milhões de pessoas desempregadas. E a terceira urgência é a questão da democracia”, ressaltou.
A deputada Perpétua destacou que o único plano do governo é o de destruir o país. “Guedes não quer gastar o dinheiro para salvar as empresas, salvar os empregos. O governo usou menos de 40% do que o Congresso colocou à disposição para o enfrentamento dessa crise. Um ministro da economia que se esconde para não salvar vidas”.
“Precisamos urgente de uma grande frente ampla capaz de abraçar as 50 mil famílias que hoje choram as perdas de seus familiares, capaz de defender a democracia, de impedir o desmatamento, de defender os empregos, as empresas. Por isso tudo precisamos muito dessa frente”. “E sabemos que quando essa pandemia acabar, ninguém segura esse povo na rua pedindo a saída de Bolsonaro. Precisamos esquecer as nossas diferenças e nos unirmos para defender o Brasil”, ressaltou Perpétua.
“O ideal de qualquer frente é ser o suficiente para fazer a vitória”, afirmou Márcio França. Para ele, “a questão partidária é insignificante. Quem respeita o processo democrática não pode aceitar nada que não seja democrático”.
Na avaliação de França, “a eleição deste ano agora vai definir um pouco como vamos caminhar no processo para frente e esperamos estar um pouco alinhados e mostrar para o país um outro caminho”, afirmou.
Para Marcelo Freiro, “esse nosso debate da frente ampla precisa se materializar em algo muito concreto. A frente ampla é decisiva. As diferenças são legítimas e importantes, mas termos que nos colocar do lado da democracia e da vida”.
Jacques Wagner destacou que a construção da frente ampla já está existindo na sociedade, com os manifestos e movimentos contra as ameaças à democracia. “E uma delas foi a frente amplíssima que foi criada contra o obscurantismo na questão da Covid-19. Essa é a primeira das emergências que nos colocou numa grande frente daqueles que acreditam na ciência, na medicina, no SUS. Nenhuma rede particular ampliou leito de UTI, apenas o SUS”, ressaltou.
“E acredito que todos devem estar nela, até mesmo quem é de direita. Porque tem conservadores democráticos que não conseguem conviver com a truculência de Bolsonaro. Em defesa da vida e da democracia nós não temos limite. Nós vamos nos abraçar com aqueles que defendem a vida e a democracia”, destacou Wagner.