O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e vice-presidnete do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que a Associação Mensagem de Esperança, de Campinas, deve responder se financiou a motociata realizada por Jair Bolsonaro no dia 15 de abril.
A organização também deverá responder “se há algum tipo de vinculação com o senhor Jair Messias Bolsonaro”.
A motociata reuniu três mil pessoas entre São Paulo e Campinas. Para poder andar próximo de Jair Bolsonaro, em uma espécie de área VIP, as pessoas tinham que pagar R$ 10 via Pix.
A conta que estava recebendo os pagamentos era da Associação Mensagem da Esperança. A associação é ligada à Assembleia de Deus Bom Retiro.
Depois que pagava os R$ 10, a pessoa recebia uma confirmação com a foto de Jair Bolsonaro.
Alexandre de Moraes questionou a Associação Mensagem de Esperança por uma ação movida pelo PDT, que acusa Jair Bolsonaro de estar realizando campanha antecipada com financiamento privado irregular.
Bolsonaro “vem repetidamente realizando atos de campanha, entre eles, motociatas e discursos inflamados, com vistas a impulsionar a sua candidatura à reeleição, o que é vedado pela legislação eleitoral”.
“A divulgação ostensiva dos nomes dos doadores de campanha e dos respectivos destinatários possui a aptidão de viabilizar uma fiscalização mais eficaz da necessária lisura dos processos de escolha dos detentores de mandato político”, continuou.
A legislação eleitoral só permite doações antecipadas através de financiamento coletivo.
Um dos organizadores da motociata, o pastor Jackson Vilar da Silva, recebeu, sem precisar, 16 parcelas de auxílio emergencial do governo federal. Ao todo, ganhou R$ 5,7 mil do governo.
Na convocação para a motociata, Jackson prometia mais de 2 milhões de pessoas presentes.
Os pedágios registraram apenas 3 mil bolsonaristas na manifestação. O número é 44% inferior à motociata realizada em 2021.